Fachin defende democracia e freios ao Judiciário em discurso histórico: 'Combate à corrupção exige autocontenção'
Fachin defende democracia e freios ao Judiciário

O ministro Edson Fachin soltou o verbo num daqueles discursos que ficam marcados na história do Supremo. E olha, não foi nada daquelas falas técnicas e burocráticas que a gente tá acostumado a ouvir por ali. O cara foi direto ao ponto, com uma clareza que até assusta.

Democracia não é só uma palavra bonita pra enfeitar discurso - ele deixou bem claro isso. É o oxigênio que mantém o país respirando, o pilar que segura tudo. Sem ela, meu amigo, é queda livre.

O Judiciário na linha tênue entre agir e exagerar

Mas aqui vem o pulo do gato que Fachin trouxe com uma coragem impressionante. O poder judiciário, segundo ele, precisa saber a hora de frear. Sim, você leu certo: autocontenção foi a palavra de ordem.

Parece contraditório? Nada disso. É que no combate à corrupção - aquela praga que tanto nos assombra - tem que ter sabedoria. Não adianta sair quebrando tudo como um trator desgovernado. O ministro foi categórico: "O combate à corrupção não pode ser feito de qualquer maneira".

E aí ele foi fundo nessa ideia. A tal da autocontenção judicial não é fraqueza, muito pelo contrário. É a demonstração de maturidade institucional que separa os homens dos meninos na hora de aplicar a lei.

Liberdade de expressão: o termômetro da democracia

Outro ponto que Fachin enfatizou até cansar - e com razão - foi a liberdade de expressão. Num momento em que as redes sociais viram ringue de briga política, o ministro lembrou que discordar não é crime, é direito.

"A democracia se alimenta do debate de ideias", disparou ele. E faz todo sentido, não é? Quando calamos vozes diferentes, estamos matando aos poucos o que há de mais precioso num regime democrático.

Mas atenção: liberdade com responsabilidade. Essa foi a mensagem que ficou. Pode criticar, pode discordar, pode argumentar - mas com respeito e dentro da lei.

O combate à corrupção com método e sem histeria

Agora, o que mais chamou atenção - e aqui eu confesso que fiquei surpreso - foi a forma como Fachin abordou o combate à corrupção. Longe daquele discurso simplista de "prender geral", ele trouxe uma visão mais sofisticada.

O ministro defendeu que as instituições precisam funcionar como um relógio suíço: cada peça no seu lugar, com precisão e sem atropelos. A ânsia por resultados imediatos pode, paradoxalmente, enfraquecer todo o sistema.

E sabe o que é mais interessante? Ele não estava defendendo bandido, como alguns poderiam interpretar erroneamente. Pelo contrário: estava defendendo a eficiência duradoura do sistema. É que condenação por condenação, sem o devido processo legal, acaba virando pó com o tempo.

Fachin foi enfático ao dizer que o combate à corrupção deve ser "eficiente e duradouro". Não dá pra ser só espetáculo midiático que depois desmorona nos tribunais superiores.

O recado ficou claro

No final das contas, o discurso do ministro Fachin ecoou pelos corredores do Supremo como um lembrete necessário. Democracia se constrói com instituições fortes, mas que sabem seus limites. Liberdade se garante com voz ativa, mas sem desrespeito. E corrupção se combate com método, não com histeria.

Uma lição de equilíbrio num país que vive nos extremos. Quem diria, não?