O coração de São Luís parou por um instante nesta quarta-feira (31). Mário Macieira, um dos nomes mais respeitados do Direito maranhense, partiu aos 54 anos — deixando um vazio difícil de preencher na Ordem dos Advogados do Brasil, seção Maranhão (OAB-MA), onde já ocupou a presidência.
Quem conviveu com ele sabe: não era só um profissional brilhante. Era daqueles raros seres humanos que conseguem equilibrar competência técnica com uma humanidade que contagiava. "Um líder nato", como definiu um colega de profissão, ainda atordoado com a notícia.
Uma carreira marcante
Macieira não apenas passou pela OAB-MA — ele deixou marcas profundas. Durante sua gestão (2013-2015), transformou a entidade em algo mais do que um mero órgão de classe. Criou pontes, inovou, humanizou processos. "Ele tinha essa coisa rara de enxergar o Direito não como um fim, mas como ferramenta de transformação", lembra a advogada Ana Beatriz, que trabalhou com ele.
Depois da presidência? Continuou ativo, participando de comissões importantes e sendo uma voz respeitada em debates jurídicos. Até que, subitamente, a notícia que ninguém esperava.
O adeus precoce
Aos 54 anos — idade em que muitos estão no auge profissional —, Mário nos deixou. As causas da morte ainda não foram divulgadas, mas já ecoam homenagens por toda São Luís. Na sede da OAB-MA, bandeiras a meio mastro. Nas redes sociais, uma enxurrada de mensagens que falam muito: "exemplo", "mestre", "amigo".
O presidente atual da OAB-MA, Gabriel Furtado, não economizou palavras: "Perdemos não só um grande advogado, mas um defensor incansável da justiça e da ética". Difícil discordar.
O velório acontecerá nesta quinta-feira (1º), no Memorial Mortuário Jardim São Marcos, a partir das 8h. O sepultamento está marcado para as 16h, no Jardim da Ressurreição.
O Maranhão — e o Brasil jurídico — ficam hoje um pouco mais pobres. Mas o legado? Ah, esse permanece. Inteiro. Como deve ser.
