
Numa reviravolta que deixou Brasília em polvorosa, o deputado recém-expulso do PL — aquele mesmo partido que abraçou o trumpismo com fervor quase religioso — soltou o verbo em entrevista exclusiva. E não foi com meias palavras.
"Fazer oposição a certas posturas do ex-presidente americano não é traição, é obrigação", disparou ele, enquanto ajustava o nó da gravata com um gesto que misturava nervosismo e indignação. Segundo o parlamentar, sua voz crítica representava "exatamente o que os eleitoras esperam: coragem para chamar o jogo pelo nome".
O silêncio que fala mais alto
O que mais pegou mal — e aqui a voz dele soou mais áspera — foi o fato da expulsão ter vindo "como um raio em céu azul". Sem aviso prévio, sem direito à defesa, sem aquela conversa olho no olho que até inimigos políticos costumam ter.
- Nenhuma notificação formal
- Zero explicações por escrito
- Um simples comunicado jogado aos ventos
"Parece até aqueles términos por WhatsApp", ironizou, antes de completar: "Só faltou o 'não é você, sou eu'".
Entre linhas partidárias
Especialistas ouvidos de última hora apontam que a crise revela uma fissura mais profunda. De um lado, a ala que quer transformar o PL num clube de adoração a Trump — completo com bandeiras, slogans e tudo mais. Do outro, quem ainda acredita que política externa deve ser discutida com nuances, não fanatismos.
O deputado, agora sem legenda, insiste que não se arrepende. "Prefiro ficar sozinho do que mal acompanhado", declarou, citando quase que poeticamente sua avó. Resta saber se esse isolamento será temporário ou o início de um novo capítulo na política brasileira.