
Eis que o clima em Brasília fica mais quente que o habitual - e não é só por causa do tempo seco. Celso Sabino, até então ministro do Turismo, pegou o telefone e foi direto ao ponto com o presidente Lula: pediu para sair do cargo.
Nada daqueles rodeios típicos do mundo político. O cara simplesmente encarou a situação e comunicou sua decisão de maneira clara, sem meias-palavras. Algo raro nesse meio, convenhamos.
O que está por trás dessa saída? Bom, os corredores do Planalto sussurram sobre uma possível reforma ministerial que estaria sendo costurada nos bastidores. Sabino, parece, decidiu não esperar ser convidado a sair - preferiu tomar a iniciativa.
Não é todo dia que vemos um ministro abandonando o barco assim, de forma tão direta. A jogada política surpreende até os mais experientes observadores do cenário nacional. E deixa aquela pergunta no ar: quem será o próximo a ocupar essa cadeira tão importante para o turismo brasileiro?
O turismo, vale lembrar, é um dos setores mais sensíveis da nossa economia - ainda se recuperando dos tombos da pandemia e precisando de gestão firme. A saída de Sabino neste momento certamente gerta apreensão entre empresários do setor.
Resta saber se essa movimentação é isolada ou se abre precedente para outras mudanças no primeiro escalão do governo. A política, como sempre, nos reserva surpresas quando menos esperamos.