Trump x Lula: Tarifas dos EUA violam regras da OMC, afirma governo brasileiro
Trump x Lula: tarifas violam regras da OMC, diz Brasil

Eis que a velha briga comercial entre Estados Unidos e Brasil ganha novos capítulos — e dessa vez, o governo Lula decidiu bater o pé. Na mira: as tarifas impostas por Donald Trump sobre aço e alumínio brasileiros, que subiram de 0% para 10% e 25%, respectivamente. A medida, segundo Brasília, é um tiro no pé do comércio internacional.

Não é de hoje que essa história dá pano pra manga. Desde 2018, quando Trump — aquele mesmo do cabelo espetado e dos tweets bombásticos — resolveu mexer nos impostos de importação, o Brasil vem tentando negociar. Mas agora, com Lula de volta ao Planalto, o tom mudou: "Isso aqui não é jogo de botão", parece dizer o Itamaraty.

OMC na berlinda

O cerne da questão? O governo brasileiro alega que as tarifas violam "cláusula pétrea" dos acordos da Organização Mundial do Comércio (OMC). "É como chegar no meio do jogo e mudar as regras", reclama um diplomata que prefere não se identificar. Detalhe: os EUA justificam a medida citando "segurança nacional" — argumento que, cá entre nós, soa meio esfarrapado quando falamos de produtos básicos.

E olha que a coisa tá feia:

  • As exportações brasileiras de aço para os EUA caíram 30% em 2023
  • O alumínio, que já foi carro-chefe, agora patina
  • Setor estima prejuízos de US$ 1 bi só este ano

E agora, José?

Enquanto o governo Lula prepara sua defesa na OMC — processo que pode levar anos —, a indústria nacional fica no limbo. "É como fazer churrasco com a carne ainda no freezer", brinca (sem graça) o presidente de uma associação do setor. A esperança? Que a disputa não vire uma "guerra fria comercial", como aquela entre EUA e China que deixou todo mundo de cabelo em pé.

Curiosidade: nos bastidores, correm rumores de que o Brasil pode retaliar com taxações sobre produtos americanos. Mas calma, não é pra sair quebrando tudo — a estratégia é mais fina que isso. "Temos que jogar xadrez, não queda de braço", diz fonte do Ministério da Economia.