
Numa daquelas reviravoltas que deixam até os analistas mais experientes coçando a cabeça, Donald Trump soltou uma bomba em seu último comício. O ex-presidente, que nunca foi de meias palavras, colocou o Brasil na lista de "coisas que tiram o sono" dos Estados Unidos. E olha que a lista não é pequena.
"Temos problemas sérios vindo de lugares que muitos nem imaginam", disparou o republicano, com aquela cara de quem acabou de chupar um limão. "O Brasil, por exemplo, está longe de ser o que pensamos."
O que exatamente ele disse?
Entre promessas de "fazer a América grande de novo" e ataques aos adversários, Trump soltou a pérola: "A situação na América do Sul, especialmente no Brasil, é uma ameaça à nossa segurança nacional". Detalhe? Zero explicações. Típico.
Especialistas em relações internacionais ficaram com os cabelos em pé. "É uma declaração no mínimo curiosa", comenta um professor de Georgetown que prefere não se identificar. "Desde quando o Brasil, que nem faz fronteira com os EUA, virou ameaça existencial?"
E as reações?
Do lado brasileiro, o silêncio oficial foi ensurdecedor. Mas nos bastidores, fontes do Itamaraty não esconderam o espanto. "A gente até espera críticas da Venezuela ou da Nicarágua, mas do Brasil?", questionou um diplomata sob condição de anonimato.
Já nos corredores de Washington, a coisa pegou fogo:
- Republicanos alinhados a Trump saíram em defesa: "Ele vê o que outros não veem"
- Democratas rolaram de rir: "Mais uma teoria da conspiração"
- Analistas militares coçaram a cabeça: "Que ameaça exatamente?"
O curioso é que, em 2020, Trump elogiou Bolsonaro como "grande aliado". Agora, parece que o jogo virou. Ou será que é só retórica eleitoral? Difícil dizer com esse cara.
O que isso significa na prática?
Provavelmente... nada. Pelo menos por enquanto. Mas num possível segundo mandato de Trump, quem sabe? O histórico mostra que ele gosta de transformar discursos em política - lembra do muro com o México?
Uma coisa é certa: as declarações jogam lenha na fogueira das relações EUA-América Latina num momento já delicado. E deixam todo mundo se perguntando: "O que será que ele sabe que nós não sabemos? Ou será que ele também não sabe?"