Numa declaração que promete acender debates acalorados, Donald Trump — aquele sujeito que nunca passa despercebido — soltou mais uma polêmica. Dessa vez, o ex-presidente americano está exigindo que pessoas sem-teto sejam removidas das ruas de Washington. "Tem que limpar essa bagunça", teria dito, segundo fontes próximas.
Não é de hoje que Trump faz comentários inflamados, mas dessa vez o alvo são os mais vulneráveis. A capital dos EUA, com seus monumentos imponentes e turistas aos montes, seria "manchada" pela presença deles, na visão do magnata. Será que ele esqueceu que cidades são feitas de gente — toda sorte de gente?
O outro lado da moeda
Enquanto isso, defensores de direitos humanos torcem o nariz. "Propostas como essa só empurram o problema para debaixo do tapete", dispara Maria Lúcia Fernandes, ativista social. Ela lembra que, só no ano passado, mais de 4 mil pessoas dormiam nas ruas da capital americana. "Cadê a compaixão?", questiona.
Ah, a política... Sempre cheia de contradições. De um lado, Trump fala em "embelezar" a cidade para eventos importantes. Do outro, especialistas apontam: sem políticas públicas decentes, a situação só vai piorar. "É como enxugar gelo", comenta o sociólogo Carlos Mendonça.
E os números?
- Washington tem a 8ª maior população de sem-teto entre cidades americanas
- 37% aumento nos últimos 5 anos (dados são assustadores, não?)
- Apenas 1/3 encontra abrigo em albergues públicos
No meio desse turbilhão, uma pergunta fica: será que "limpar" as ruas resolve mesmo o problema? Ou só faz a sociedade virar o rosto para o que não quer ver? Bom, enquanto isso, a vida — dura, crua — segue seu curso na capital do país mais poderoso do mundo. Ironias à parte.
