Numa jogada que pegou até os analistas mais atentos de surpresa, Donald Trump resolveu apertar o botão de fast-forward no ultimato a Vladimir Putin. Sim, aquele prazo que mal tinha começado a correr? Já está com os dias contados, segundo o ex-presidente americano.
"Tem que parar essa palhaçada agora", disparou Trump em seu estilo característico durante evento em Florida. "Estamos falando de vidas, de gente que não pediu pra entrar nessa briga." A fala, entre grosseria e pragmatismo, deixou claro que o republicano não vai esperar o calendário original para cobrar ações do Kremlin.
O xadrez por trás das palavras
Especialistas em relações internacionais estão coçando a cabeça. Porque, vamos combinar, Trump nunca foi exatamente um manual de diplomacia. Mas dessa vez, parece ter calculado cada peão no tabuleiro:
- O timing coincide com a convenção republicana
- Mostra "liderança" sem precisar esperar a eleição
- Coloca Biden numa sinuca - se agir, parece que seguiu Trump; se não agir, parece fraco
Não é como se Putin fosse simplesmente dobrar as cartas porque Trump falou mais alto. A Rússia tem seus interesses - e alguns analistas lembram que o Kremlin joga no longo prazo, enquanto políticos ocidentais pensam em ciclos eleitorais.
E a Ucrânia nisso tudo?
Zelensky, coitado, deve estar com os nervos à flor da pele. De um lado, a ajuda militar americana que nunca chega na hora certa. Do outro, um possível futuro presidente (Trump) falando em "acabar com isso" como se fosse discussão de bar.
"É complicado", admite um diplomata europeu que preferiu não ter o nome divulgado. "Quando os grandes falam, os pequenos tremem. E a Ucrânia está no meio desse cabo-de-guerra."
Enquanto isso, nas trincheiras do leste ucraniano, soldados ouvem falar dessas negociações distantes entre cigarros e rajadas de metralhadora. Para eles, cada dia é uma eternidade - não um prazo no calendário de campanha eleitoral.
