
Parece que a história se repete, mas com um roteiro cada vez mais previsível. Donald Trump, aquele furacão que não cansa de gerar manchetes, está outra vez na mira – ou melhor, ele mesmo mira os holofotes contra quem ousa criticá-lo. Desta vez, a análise vem de um peso-pesado: a conceituada revista britânica The Economist.
E o veredito deles é claro como água. A publicação, conhecida por seu rigor analítico, não usa meias-palavras. A campanha movida por Trump para silenciar vozes dissidentes, especialmente da grande mídia, é simplesmente uma batalha perdida. Um tiro que, no fim das contas, sai pela culatra.
O Efeito Bumerangue da Censura
É uma daquelas ironias da política. Quanto mais um líder tenta abafar o debate, mais barulho as críticas fazem. A Economist aponta isso com a precisão de um relojoeiro suíço. A estratégia de processar ou intimidar veículos de comunicação – algo que lembra tempos sombrios – acaba por fortalecer o que se pretende destruir.
Em vez de calar, amplifica. A mídia ganha um novo fôlego, uma causa para defender. E o público? Bom, o público não é bobo. Num mundo hiperconectado, a informação vaza por todos os lados. Tentar tapar o sol com a peneira só faz com que as pessoas busquem ainda mais fontes alternativas. É um tiro no pé de proporções épicas.
O Poder Resiliente das Palavras
O que a análise deixa claro, e isso é fundamental, é que a democracia tem seus anticorpos. Instituições, por mais frágeis que pareçam, possuem uma resiliência surpreendente. A imprensa livre é uma delas. Pode cambalear, pode sofrer ataques ferrenhos, mas a sede por notícias independentes e apuração séria sempre renasce.
Trump, com seu estilo confrontador, até consegue alguns ganhos de curto prazo com sua base mais fiel. Mas e daí? O tempo é implacável. No tabuleiro da história, tentativas de cercear a liberdade de expressão são sempre lembradas como capítulos negros. A revista lembra que, no longo prazo, a verdade tende a encontrar seu caminho – por mais tortuoso que seja.
Não é sobre ser a favor ou contra um político específico. É algo muito maior. É sobre a defesa intransigente de um princípio que sustenta sociedades abertas: o direito de questionar, de investigar, de discordar. Quando esse princípio é ameaçado, o alerta soa. E, pelo visto, está soando mais alto do que nunca.