Reino Unido ameaça reconhecer Estado Palestino se Israel não aceitar trégua: o que está por trás dessa decisão?
Reino Unido pode reconhecer Estado Palestino em ultimato a Israel

Eis uma reviravolta que ninguém esperava: o Reino Unido sacudiu o tabuleiro geopolítico nesta quarta-feira com um ultimato que pode mudar tudo. David Cameron, o chanceler britânico, soltou a bomba — se Israel não se sentar pra negociar uma trégua decente, os britânicos vão bater o martelo e reconhecer a Palestina como Estado soberano. E olha que não é blefe.

"A gente tá cansado de ver essa novela se arrastar por décadas", disse um assessor do Foreign Office, num tom que misturava frustração com um pé atrás diplomático. "Ou os dois lados fazem as pazes, ou a gente toma uma atitude unilateral."

O jogo das cadeiras musicais geopolíticas

Pra entender a jogada, é preciso voltar uns passos. Enquanto a comunidade internacional fica nesse vai-e-vem de condenar ataques mas não tomar atitude, o Reino Unido parece ter perdido a paciência. E não é só ele — vários países europeus estão com a mão no coldre, mas os britânicos foram os primeiros a ameaçar puxar o gatilho.

O que mais chama atenção? A linguagem. Cameron não usou aqueles termos diplomáticos enfeitados que ninguém entende. Foi direto ao ponto: "Sem trégua, sem negociações, sem chance de Israel evitar que a gente reconheça a Palestina". Até parece que o cara trocou o chá das cinco por um café bem carregado.

E agora, José?

Do lado palestino, a reação foi imediata — mistura de comemoração cautelosa com um "já devia ter acontecido há 50 anos". Já em Tel Aviv, o silêncio foi ensurdecedor. Nada de pronunciamentos oficiais, só uns murmúrios nos corredores do Knesset sobre "chantagem diplomática".

E os EUA nisso tudo? Bem... Washington parece ter engolido seco. Afinal, o Reino Unido não é qualquer aliado — é aquele amigo que divide até a última bala com você. Se até eles estão perdendo a paciência, o que isso diz sobre o futuro da política externa ocidental no Oriente Médio?

Uma coisa é certa: o tabuleiro geopolítico nunca mais será o mesmo depois dessa. Resta saber se será o xeque-mate da paz ou só mais um capítulo nessa novela sem fim.