
Parece que o mestre do xadrez geopolítico cometeu um movimento em falso. E dos grandes. A ideia era simples, pelo menos no papel: pressionar a OTAN para medir sua resistência numa era de lideranças voláteis. Mas o resultado? Bom, digamos que saiu pela culatra.
Vladimir Putin, aquele sujeito de pulso firme e expressão impenetrável, achou que tinha uma janela de oportunidade. Com Donald Trump na Casa Branca – um presidente que nunca escondeu seu ceticismo em relação à aliança –, seria o momento ideal para dar uma bela de uma provocação. Testar os limites, ver até onde poderia ir sem grandes consequências.
O Tiro que Saiu Pela Culatra
Mas eis que acontece o imprevisível. Em vez de fragmentar a OTAN, as manobras agressivas de Moscou fizeram algo que ninguém – talvez nem mesmo os estrategistas mais otimistas em Bruxelas – esperava: uniu os aliados como há muito não se via. E tem mais. A paciência do próprio Trump, conhecida por ser tão fina quanto papel de arroz em dias de muita tensão, simplesmente se esgotou.
É irônico, não é? O plano era explorar as divisões, mas o que se viu foi uma resposta coesa, quase unânime. A postura russa, que mirava as supostas fraquezas do bloco, acabou por revitalizá-lo. Quem diria que tentar quebrar algo faria com que ele se fortalecesse? A vida, e principalmente a política internacional, está cheia dessas surpresas amargas.
O Cansaço do Homem Forte Americano
E o que dizer de Trump nessa história toda? O ex-presidente, que frequentemente parecia mais um aliado circunstancial do que um crítico de Putin, chegou ao seu limite. As fontes sugerem que ele finalmente percebeu que estava sendo usado como peça num jogo muito maior. E Trump, convenhamos, não gosta de ser visto como marionete de ninguém.
Não foi da noite para o dia, claro. Foi um processo de gota d'água. Cada movimento da Rússia, cada teste de limites, foi acumulando uma certa... irritação. A famosa paciência de Trump, já não lá essas coisas, simplesmente acabou. E quando ele fica impaciente, todo mundo sabe: as coisas podem mudar de direção rapidamente.
O resultado é que a OTAN, longe de ser enfraquecida, saiu dessa crise mais fortalecida. Os membros renovaram compromissos, aumentaram gastos militares e, o mais importante, reafirmaram uma unidade que muitos julgavam desgastada. Putin, que queria demonstrar fraqueza, acabou mostrando a força resiliente da aliança.
No fim das contas, a lição que fica é antiga, mas sempre válida: na política internacional, assim como na vida, subestimar o adversário – e superestimar a própria capacidade de causar divisão – é um erro crasso. E desta vez, foi um erro que pode ter consequências por muitos anos.