
O tom foi grave, a mensagem um verdadeiro balde de água fria. Nesta quinta-feira, o presidente da Colômbia, Gustavo Petro, soltou uma declaração que ecoou como um trovão pelos corredores do poder e pelas redes sociais. E o que ele disse? Basicamente, que estamos brincando com fogo – um fogo que pode queimar bem aqui perto.
Segundo Petro, a movimentação militar dos Estados Unidos na América do Sul não é um mero exercício de rotina. É algo muito mais sério. Tão sério que ele vê um risco real, tangível, de que capitais como Rio de Janeiro, Manaus e a própria Bogotá possam, em um cenário de conflito, se tornar alvos. Sim, você leu direito. Alvos de bombas.
Um Jogo Geopolítico Perigoso
O cerne da questão, na visão do líder colombiano, é uma estratégia dos EUA que ele classifica como agressiva. E ele não poupou palavras. A ideia de trazer uma «nova guerra fria» para o quintal da América do Sul parece, para Petro, uma insanidade com consequências imprevisíveis. «Podem cair bombas em Manaus, no Rio de Janeiro, em Bogotá», advertiu, com a convicção de quem acredita que o aviso não é alarmista, mas necessário.
Não é de hoje que Petro se coloca como uma voz crítica contra a presença militar norte-americana global. Mas desta vez, o recado foi direto e cheio de um senso de urgência que é difícil ignorar. Ele praticamente desenhou um mapa de possíveis alvos, e ver o nome de cidades brasileiras nessa lista é, no mínimo, de arrepiar.
E o Brasil com Isso?
A grande pergunta que fica é: e o nosso governo? O que pensa sobre essa advertência sombria? Bom, até agora, um silêncio quase ensurdecedor. A ausência de um posicionamento oficial de Brasília deixa um vácuo cheio de especulações e um certo desconforto. Será que estamos subestimando a gravidade da situação?
Para analistas que acompanham o tabuleiro geopolítico, a fala de Petro é um reflexo de um mundo cada vez mais polarizado. As tensões entre EUA e China, a guerra na Ucrânia… tudo isso cria um caldo onde qualquer movimento militar é visto com lupa máxima. E a América do Sul, com suas riquezas naturais e posição estratégica, está longe de ser um mero espectador.
O que parece claro é que o presidente colombiano jogou uma pedra no lago tranquilo da diplomacia regional. Suas palavras são um chamado à reflexão – um alerta para que os países sul-americanos pensem muito bem sobre em que lado dessa história querem estar, e principalmente, quais os riscos que estão dispostos a correr.
Uma coisa é certa: a ideia de que conflitos armados de grande escala são problemas de outros continentes parece, cada vez mais, uma ilução perigosa. O aviso está dado. Resta saber se alguém vai ouvir.