Eis que a velha discussão volta à tona — e com direito a novos capítulos. Nesta terça-feira (30), o Conselho de Segurança da ONU pegou no batente pra debater (de novo) aquela solução que todo mundo fala mas ninguém consegue botar em prática: a criação de dois estados independentes, um pra Israel e outro pros palestinos.
Não é de hoje que essa história dá pano pra manga. Desde 1947, quando a ONU aprovou a Partilha da Palestina, o assunto é um vespeiro — e olha que já se vão quase 80 anos! Dessa vez, porém, o clima tava mais tenso que torcida de time rival em final de campeonato.
O que tá pegando?
Pra quem não tá por dentro do rolo, a ideia do "dois estados" é simples na teoria e impossível na prática: Israel e Palestina dividiriam o território, cada um com seu governo, suas leis e — o mais espinhoso — sua capital em Jerusalém. Só que... bem, a gente sabe como é.
Os palestinos querem um estado com as fronteiras de antes da Guerra dos Seis Dias (1967), incluindo a Cisjordânia, Faixa de Gaza e Jerusalém Oriental. Já os israelenses — principalmente o governo atual — não tão nem aí com essa história e seguem construindo assentamentos nos territórios ocupados.
E a ONU nisso tudo?
Ah, a ONU... aquela tia que sempre tenta botar ordem na briga dos sobrinhos. O secretário-geral António Guterres soltou o verbo: "A solução de dois estados é a única saída realista". Mas convenhamos: quantas vezes a gente já não ouviu isso?
O curioso é que até os EUA — tradicional aliado de Israel — tão dando sinais de cansaço. Um diplomata americano chegou a dizer, sob condição de anonimato, que "a paciência tá no limite". Será que dessa vez vai?
E o Brasil?
Nosso país, sempre metido a besta nas relações internacionais, mandou seu recado: "Defendemos uma solução justa e duradoura". Traduzindo: "A gente apoia a ideia, mas não vai se meter no meio do tiroteio".
E você, o que acha? Será que essa solução de dois estados ainda tem pé pra andar? Ou já virou só mais um daqueles discursos bonitos que nunca saem do papel? Uma coisa é certa: enquanto isso, o povo palestino e israelense segue pagando o pato.
