
Numa declaração que ecoou como um trovão no cenário geopolítico, Benjamin Netanyahu — aquele mesmo que nunca foge de uma polêmica — soltou o verbo: Israel quer as rédeas de Gaza, e ponto final. Não é proposta, é fato consumado. E o mundo? Bem, o mundo engasgou.
"Quando a segurança de Israel está em jogo, não negociamos. Agimos", disparou o premiê, com aquela cara de quem acabou de resolver o problema do café da manhã. Só que não estamos falando de torradas, mas de 365 km² que são um barril de pólvora desde... sempre.
O que isso significa na prática?
Imagine um quebra-cabeça onde:
- As peças são checkpoints militares
- A imagem final é um controle férreo sobre fronteiras, recursos e até a eletricidade
- O manual de instruções foi rasgado em 1948
Enquanto isso, na ONU, diplomatas trocam olhares constrangidos como numa festa de família quando alguém menciona política. A União Europeia — sempre ela — já soltou um "profundamente preocupada" de praxe. Já os EUA, aliado de sempre, mastigam palavras cuidadosas entre dentes cerrados.
E os palestinos?
Ah, essa é a parte que dói. Enquanto líderes mundiais discutem soberania como se fosse um jogo de xadrez, dois milhões de gazenses vivem sob:
- Bloqueio econômico há 16 anos
- Taxa de desemprego beirando 50%
- Infraestrutura colapsada (água? 3h/dia no melhor dos dias)
"Autonomia palestina" — risos amargos de quem conhece o terreno. O Hamas, claro, já prometeu "fogo e ferro" como resposta. E assim gira a roda sem fim do conflito.
Psicologicamente falando, é como assistir um casal brigando há 75 anos no mesmo apartamento minúsculo. Só que com foguetes.