
Parece que finalmente saiu do papel – e que papelão histórico, diga-se de passagem. Depois de uma montanha-russa de idas e vindas que se arrastava há tempos, o Brasil acaba de dar o sinal verde. Ou melhor, um sinal verde e amarelo, vibrante. O Ministério das Relações Exteriores soltou o verbo nesta quinta-feira: o Mercosul está, oficialmente, pronto para sentar à mesa e carimbar o tão aguardado acordo comercial com a União Europeia.
Não foi um caminho de rosas, longe disso. As negociações, pra ser sincero, mais pareciam uma novela das nove, com capítulos de suspense, desentendimentos e aquela tensão que todo mundo já conhece. A questão ambiental, claro, sempre foi o calo mais doloroso. Os europeus com seu discurso de sustentabilidade, o Mercosul tentando equilibrar desenvolvimento e proteção... uma dança complexa.
O Que Mudou de Verdade?
O pulo do gato, segundo fontes que acompanham o balé diplomático, foi uma mudança de postura. Alguém finalmente cedeu? Talvez. O que se comenta por aí é que houve um alinhamento de planetas nas últimas semanas, com conversas francas e diretas que destravaram os pontos mais espinhosos. O texto base, aquele que estava encalhado, recebeu os ajustes finais – e todos os países membros do bloco sul-americano deram seu aval.
Isso é grandioso. Imagine só: estamos falando de um dos maiores acordos de livre comércio do planeta, unindo dezenas de países e milhões de consumidores. O impacto na economia pode ser bombástico, abrindo portas para produtos brasileiros que iam ficando pelo caminho e barateando a importação de tecnologia e maquinários que a indústria local tanto precisa.
- Acesso a um mercado de centenas de milhões de pessoas com alto poder aquisitivo.
- Redução – ou fim – de tarifas de importação para uma penca de produtos.
- Maior previsibilidade e segurança jurídica para investidores de ambos os lados.
- E, claro, aquele upgrade na imagem do Brasil no cenário internacional.
Mas calma, não é para jogar confete ainda. O anúncio brasileiro é um passo colossal, sem dúvida, mas o jogo diplomático é cheio de detalhes. Agora, a bola está oficialmente no campo da União Europeia. Eles precisam dar sua contrapartida e confirmar que também estão com a caneta na mão. O clima é de otimismo cauteloso, afinal, ninguém quer contar com o ovo dentro da galinha.
E Agora, José?
O que esperar dos próximos capítulos? Se tudo correr bem – e torçamos muito para que corra –, a assinatura deve rolar em um futuro bem próximo. Será um daqueles eventos com bandeirinhas, apertos de mãos e discursos cheios de esperança em um futuro economicamente mais integrado.
É um daqueles momentos que pode, de verdade, mudar o jogo. O Brasil, falando abertamente como porta-voz do Mercosul, mostrou que a disposição para fechar esse deal é real. Resta saber se o outro lado está tão animado quanto a gente. Fiquemos de olho.