
Poucos dias antes do governo brasileiro anunciar as novas medidas tarifárias que prometem sacudir o comércio exterior, um encontro discreto em Washington chamou a atenção. Mauro Vieira, nosso chanceler, sentou-se à mesa com Marco Rubio, o senador americano conhecido por suas posições duras em política externa.
O que exatamente foi discutido? Bom, aí mora o segredo. Oficialmente, um "diálogo sobre relações bilaterais". Mas entre as linhas, é difícil não ligar os pontos — afinal, Rubio é daqueles que não economiza críticas quando o assunto é comércio internacional.
Timing mais do que suspeito
O encontro ocorreu na terça-feira (29), segundo fontes próximas ao Itamaraty. Dois dias depois, lá estava o governo anunciando o novo regime de tarifas que promete — ou ameaça, dependendo do ponto de vista — alterar as regras do jogo para importações e exportações.
Coincidência? Difícil acreditar. Em política, especialmente na seara internacional, cada movimento é calculado como peça de xadrez.
O que sabemos (e o que não sabemos)
- A reunião durou cerca de 50 minutos — tempo suficiente para muito mais do que cumprimentos protocolares
- Nenhum assessor acompanhou os dois no encontro, aumentando o mistério
- O Itamaraty se limitou a confirmar o fato, sem detalhes
Rubio, por sua vez, nem sequer mencionou o encontro em suas redes sociais — silêncio eloquente para quem costuma ser bastante ativo nas plataformas digitais.
"Quando dois políticos se encontram em segredo, geralmente é porque têm algo a esconder ou algo grande a preparar", comentou um analista que preferiu não se identificar. E no caso, qual das duas opções seria?
O elefante na sala: as tarifas
O novo regime tarifário anunciado pelo Brasil não poderia ser mais polêmico. Setores inteiros da economia já calculam os impactos — alguns comemorando, outros em pânico. E no meio disso tudo, a reunião em Washington ganha contornos de peça-chave no tabuleiro geopolítico.
Será que Vieira foi buscar algum tipo de aval? Ou tentar evitar retaliações? O jogo é complexo, e as peças se movem rápido demais para acompanharmos todos os lances.
Uma coisa é certa: em política internacional, nada — absolutamente nada — acontece por acaso. E esse encontro, no mínimo, deixa um rastro de perguntas sem respostas.