
O Kremlin não perdeu tempo em responder às declarações bombásticas de Donald Trump sobre o uso de armas nucleares. E, como sempre, a resposta veio carregada de um sarcasmo tipicamente russo.
"Mais uma vez, o senhor Trump demonstra seu talento para o teatro político", disparou Dmitry Peskov, porta-voz do governo russo, em tom que misturava cansaço e ironia. "Mas nós, aqui no Kremlin, estamos acostumados a distinguir entre reality shows e a realidade."
O que exatamente Trump disse?
Durante um comício em que parecia competir pelo título de "declaração mais polêmica da semana", o ex-presidente americano soltou: "Eu teria resolvido a Ucrânia em 24 horas". Como? Com um belo de um "ataque nuclear preventivo", segundo interpretaram alguns analistas.
Não foi exatamente isso que ele disse, mas também não foi exatamente o contrário - e é aí que mora o perigo.
A reação russa: entre o desdém e a preocupação
Por um lado, Moscou trata o assunto com a seriedade que merece (ou seja, pouca). Por outro, especialistas notam um certo nervosismo por trás da fachada de desprezo.
- Primeiro ponto: "Isso é conversa de campanha eleitoral", dizem os russos, com um sorriso que não chega aos olhos.
- Segundo ponto: Mas ninguém no Kremlin esquece que Trump já foi presidente uma vez - e pode voltar a ser.
E aí? Será que essa troca de farpas é só mais um capítulo da novela geopolítica ou estamos diante de algo mais sério? Difícil dizer. O que sabemos é que, quando esses dois começam a discutir sobre botões nucleares, o mundo inteiro fica com os pés atrás.
Enquanto isso, na Ucrânia, as tropas russas continuam avançando - sem precisar de nenhuma bomba atômica, obrigado. Talvez Trump devesse prestar atenção nisso antes de soltar suas pérolas.