
O clima no Palácio do Buriti está tenso — e não é por causa do frio que insiste em dar as caras em Brasília. O secretário de Economia do Distrito Federal, cujo nome já virou sinônimo de escândalo nos últimos meses, decidiu bater em retirada. Pediu exoneração. Mas não foi um simples "adeus". Foi um recuo estratégico, quase um salto de paraquedas, depois de ser condenado por corrupção e lavagem de dinheiro.
Parece roteiro de filme, mas é a realidade. O homem que deveria zelar pelos cofres públicos acabou enredado em tramas que mais parecem saídas de um manual do que não fazer no serviço público. A sentença judicial pesou como uma luva de ferro. E agora? O governo local tenta conter os estragos, mas a ferida é profunda.
Os detalhes que doem
Não foi um deslize qualquer. Segundo as investigações, o esquema envolvia desvios milionários — dinheiro que, em tese, deveria estar sendo usado para melhorar a vida dos brasilienses. Em vez disso, sumiu em um labirinto de contas fantasmas e operações suspeitas. A Justiça não só confirmou as acusações como deixou claro: não havia margem para dúvidas.
- Condenação por corrupção: 8 anos de prisão
- Lavagem de dinheiro: pena adicional de 5 anos
- Multa que ultrapassa os R$ 10 milhões
Números que fazem qualquer um tremer. E, convenhamos, não é todo dia que um secretário de alto escalão cai assim, de paraquedas, no colo da Justiça.
E agora, José?
O governo do DF tenta se desvencilhar do caso como quem tira um chiclete grudado no sapato. Oficialmente, falam em "respeito ao processo jurídico". Nos bastidores, a crise é óbvia. Afinal, como explicar que um dos cargos mais importantes da administração estava nas mãos de alguém agora condenado?
Os opositores já esfregam as mãos. "Isso é só a ponta do iceberg", soltam em entrevistas. Já os aliados, esses preferem o silêncio — às vezes, o melhor amigo em situações assim.
Enquanto isso, o ex-secretário — porque agora já é ex — prepara sua defesa. Recursos, pedidos, manobras jurídicas. O jogo não acabou, mas o tabuleiro está bem mais complicado.
Uma coisa é certa: a população do DF merece respostas. E, principalmente, merecia um destino melhor para o dinheiro que sai do suor do seu trabalho.