José Antonio Kast, líder ultradireitista, dispara nas pesquisas presidenciais no Chile – o que isso significa?
Kast lidera pesquisas presidenciais no Chile

O cenário político chileno está pegando fogo – e não é metáfora. José Antonio Kast, aquele mesmo que já foi chamado de "Bolsonaro chileno" por suas posições duras, está dando o que falar. Dados recentes mostram o líder do Partido Republicano na frente das pesquisas presidenciais, deixando muita gente de cabelo em pé.

Não é de hoje que Kast mexe com os ânimos no país. Em 2021, ele quase chegou lá, perdendo no segundo turno para Gabriel Boric. Agora, parece que a história pode ter um capítulo diferente. As pesquisas apontam que cerca de 28% dos chilenos votariam nele se as eleições fossem hoje. Nada mal para quem muitos consideravam um outsider radical.

O que explica essa subida meteórica?

Bom, aí a coisa fica interessante. O Chile tá passando por uma crise de identidade política – e Kast parece estar surfando nessa onda. Enquanto o governo atual enfrenta críticas por economia morna e insegurança crescente, o discurso do republicano de "lei e ordem" está caindo como luva para parte do eleitorado.

  • Crime nas alturas? Kast promete mão pesada
  • Economia capenga? Ele fala em cortar gastos
  • Imigração descontrolada? Barreiras mais duras

Não é difícil entender o apelo, ainda que polêmico. Como diz meu tio nas reuniões de família: "Quando o bicho pega, até remédio amargo parece gostoso".

Mas calma lá...

Apesar dos números animadores para sua base, Kast ainda enfrenta desafios enormes. A polarização no Chile tá braba, e ele é figura que divide águas. Enquanto uns veem nele a solução, outros temem um retrocesso em direitos sociais.

E tem mais: pesquisas eleitorais são fotos de um momento, não filmes do futuro. O jogo político chileno é dinâmico e imprevisível – quem diria que Boric, o ex-líder estudantil, chegaria ao poder?

Uma coisa é certa: se as eleições fossem hoje, teríamos um segundo turno acirrado. Kast contra quem? Aí já é outra história. A esquerda fragmentada ainda não apresentou um nome forte o suficiente para fazer frente.

Enquanto isso, o Chile assiste atento a esse xadrez político. Será que o "efeito Kast" vai durar? Ou será só mais um capítulo na montanha-russa da política latino-americana? Só o tempo – e as urnas – dirão.