
Numa declaração que pegou muitos de surpresa — mas nem tanto, considerando o histórico — Kim Yo-jong, a poderosa irmã do líder norte-coreano Kim Jong-un, disparou críticas duras contra a Coreia do Sul nesta semana. E quando ela fala, o mundo escuta. Afinal, não é qualquer pessoa que ocupa um cargo tão influente no regime mais fechado do planeta.
"Sonhos molhados", "discurso podre" e "teatro ridículo" foram algumas das pérolas que ela usou para descrever as tentativas de diálogo vindo de Seul. O tom? Daquele tipo que faz você arrepiar. A mensagem? Cristalina: esqueçam qualquer possibilidade de reaproximação.
O que está por trás dessa fúria toda?
Analistas políticos — aqueles que tentam decifrar o enigma norte-coreano — apontam para alguns motivos:
- Jogos de poder internos: Kim Yo-jong está consolidando sua posição como possível sucessora
- Projeção de força: Mostrar músculos para a população doméstica
- Divergências ideológicas: O governo sul-coreano atual seria visto como "inimigo"
E tem mais: fontes próximas ao governo norte-coreano sugerem que Pyongyang está preparando algo grande. Teste nuclear? Novo míssil? Ninguém sabe ao certo, mas o clima é de tensão máxima.
E o povo coreano nessa história?
Enquanto os líderes trocam farpas, a população — especialmente a do Norte — continua enfrentando dificuldades enormes. Escassez de alimentos, falta de liberdades básicas e um controle estatal que sufoca. Mas essa, convenhamos, não é exatamente uma novidade.
Já na Coreia do Sul, a reação foi mista. Alguns políticos chamaram de "discurso vazio", outros demonstraram preocupação genuína. Afinal, quando Pyongyang começa a gritar, é bom prestar atenção.
Uma coisa é certa: a península coreana continua sendo um barril de pólvora prestes a explodir. E Kim Yo-jong, com seu estilo único de diplomacia — se é que podemos chamar assim — parece determinada a manter as coisas bem quentes.