
Numa virada que deixou diplomatas de cabelo em pé, a Índia soltou o verbo contra os Estados Unidos e a União Europeia. O motivo? As críticas de sempre sobre as importações indianas de commodities russas. E olha que o tom não foi nada diplomático — mais parecia um soco na mesa.
"Querem dar lição de moral, mas esquecem seus próprios históricos", disparou um alto funcionário indiano, que preferiu não se identificar. A referência? Os europeus, que até pouco tempo atrás compravam gás russo como se não houvesse amanhã.
O Jogo Duplo que Ninguém Confessa
Enquanto o Ocidente impõe sanções à Rússia, a Índia — que nunca escondeu sua neutralidade pragmática — virou um dos maiores compradores do petróleo russo. E aí é que tá o pulo do gato: eles refinam e... surpresa!... vendem produtos derivados justamente para a Europa. Ironia ou estratégia?
- Dados mostram que as importações indianas de crude russo dispararam 1.300% desde a invasão da Ucrânia
- Produtos refinados na Índia com origem russa abastecem mercados europeus — um loophole e tanto
- O governo indiano argumenta: "Estamos estabilizando o mercado global"
Não é só petróleo. Carvão, fertilizantes e até diamantes brutos entram nessa dança geoeconômica. E a Índia? Fazendo o que sempre fez: jogando xadrez enquanto outros brincam de damas.
O Que Esperar Agora?
Analistas preveem tempestade perfeita:
- A UE estuda medidas para fechar a "rota indiana"
- Os EUA podem cortar benefícios comerciais à Índia
- Nova Delhi já avisou: retaliará se necessário
No meio disso tudo, Moscou sorri. Afinal, enquanto o Ocidente discute moralidade, os russos seguem vendendo — só que com intermediário. E a Índia? Bem, ela parece estar mais preocupada em garantir energia barata para seu crescimento do que em agradar velhos aliados.
Como diria um veterano do Itamaraty: "Geopolítica não é clube de boas maneiras. É sobre interesses — duros, concretos e, muitas vezes, contraditórios". E essa partida está longe do xeque-mate.