
O Departamento de Estado dos Estados Unidos deu um passo firme — e polêmico — nesta quinta-feira. Alvo? Seis entidades palestinas acusadas de financiar grupos considerados terroristas por Washington. A medida, que congela ativos e proíbe transações, já causa rebuliço no Oriente Médio.
Quem está na mira?
Dentre as organizações sancionadas, três chamam atenção por seus vínculos históricos:
- A União de Comitês de Trabalho Agrícola (UAWC)
- O Comitê de Reconstrução da Faixa de Gaza
- A Associação de Apoio aos Presos e Ex-Presos
Segundo fontes do governo Biden, essas entidades seriam "fachadas" para o Hamas e a Jihad Islâmica Palestina. Um funcionário do Tesouro americano, que preferiu não se identificar, foi categórico: "Dinheiro de doações internacionais estaria sendo desviado para compra de armas".
Reações imediatas
Do outro lado do Atlântico, a resposta não demorou. O ministro das Relações Exteriores da Palestina, Riyad al-Maliki, classificou as sanções como "injustas e contraproducentes". Já em Gaza, manifestantes queimaram bandeiras americanas em frente à sede da ONU.
E aqui vai um detalhe curioso: duas das entidades sancionadas receberam, só no ano passado, mais de US$ 15 milhões de países europeus. Será que Bruxelas vai rever seus financiamentos agora?
O jogo geopolítico
Analistas ouvidos pela nossa equipe apontam três possíveis motivações por trás da medida:
- Pressão interna dos republicanos, que acusam Biden de "moleza" com o terrorismo
- Tentativa de melhorar a imagem americana junto a Israel antes das eleições
- Sinalização para o Irã, que supostamente financia a Jihad Islâmica
E você, o que acha? Medida necessária de segurança ou mais um capítulo na complicada relação EUA-Palestina? Uma coisa é certa — essa decisão vai ecoar por muito tempo nos corredores diplomáticos.