
O jogo político entre Estados Unidos e Venezuela acaba de ganhar um capítulo digno de filme de espionagem. Nesta segunda-feira (28), o Departamento de Estado americano soltou a bomba: oferece até US$ 15 milhões por informações que levem à prisão ou condenação de Nicolás Maduro.
Não é brincadeira. O valor é o mesmo já oferecido por outros alvos de alto escalão — e mostra que os EUA não estão para peixeira quando o assunto é o presidente venezuelano.
O que está por trás da recompensa?
Segundo fontes próximas ao governo Biden, a medida não veio do nada. Há anos os americanos acusam Maduro de liderar uma "narco-ditadura", envolvido com cartéis de drogas e corrupção em larga escala. Agora, parece que decidiram trocar as acusações por ações.
"É uma jogada ousada", comenta um analista político que preferiu não se identificar. "Ao colocar um preço na cabeça de Maduro, os EUA basicamente incentivam uma caçada internacional — e isso pode mudar completamente o jogo na região."
Como a Venezuela reagiu?
Como era de se esperar, o governo venezuelano não ficou nem um pouco contente. O ministro das Relações Exteriores, Jorge Arreaza, classificou a medida como "ilegal e desesperada". Nas redes sociais, seguidores de Maduro chamaram a iniciativa de "pirataria moderna".
Mas e aí, será que essa estratégia vai funcionar? Especialistas divergem:
- Para uns, é tiro e queda — a recompensa pode incentivar traições dentro do círculo interno de Maduro
- Outros acham que só vai servir para fortalecer a imagem do líder venezuelano como "perseguido pelo império"
- E tem quem acredite que, no fim, tudo não passa de teatro político em ano de eleições nos EUA
Uma coisa é certa: a temperatura nas relações entre os dois países acabou de subir vários graus. E o povo venezuelano, como sempre, fica no meio do fogo cruzado.