Pois é, o clima mudou — e como mudou. Aquele encontro entre Lula e Donald Trump, que muita gente torcia o nariz imaginando o pior, parece ter gerado uma química que pegou até os analistas mais céticos de surpresa. E o desdobramento prático disso? Já está rolando, e bem aqui no nosso quintal.
Nesta quinta-feira, o Senado Federal em Brasília virou palco de uma movimentação diplomática das mais intensas. Uma delegação de peso dos Estados Unidos, com diplomatas de alto escalão, sentou à mesa com parlamentares brasileiros. O assunto na pauta é espinhoso, daqueles que definem rumos: o famigerado "tarifaço" americano.
O cerne da questão
O impasse não é pequeno. De um lado, os Estados Unidos defendem suas medidas protecionistas. Do outro, o Brasil vê setores vitais da sua economia serem impactados de forma direta e, convenhamos, bastante dolorosa. Aço, alumínio e até nosso etanol, carro-chefe do agronegócio, estão na mira. São bilhões em exportações que ficam travadas.
O que esperar dessas conversas? Bom, o tom agora é de diálogo — um alívio e tanto, considerando a retórica agressiva que marcou o passado recente. Os diplomatas americanos chegaram com o mandato claro de destravar a situação. Sinal verde de Trump? Tudo indica que sim, fruto direto do bom papo que ele teve com Lula.
Os bastidores e os próximos passos
Os senadores que participaram do encontro saíram cautelosamente otimistas. A sensação é que há, pela primeira vez em muito tempo, uma vontade política real de chegar a um denominador comum. Não vai ser fácil, claro. A negociação é complexa e envolve interesses poderosos dos dois lados.
Mas o simples fato de estarem conversando abertamente, aqui em Brasília, já é um capítulo novo nessa relação tão conturbada. O mundo todo está de olho. Afinal, quando as duas maiores economias das Américas se entendem — ou começam a tentar —, o comércio global respira aliviado.
Os próximos dias serão decisivos. O que sair dessas mesas de discussão no Senado pode definir o futuro comercial do Brasil para os próximos anos. A bola agora está com os diplomatas e os parlamentares. E, cá entre nós, a expectativa é grande.
