A aparição de uma nova estátua de Josef Stalin em uma estação de metrô em Moscou está causando controvérsia na Rússia e no mundo. A obra, que retrata o líder soviético em um momento de reflexão, foi instalada como parte de uma exposição temporária, mas reacendeu discussões sobre como o país lida com seu passado controverso.
O contexto histórico por trás da polêmica
Stalin, que governou a União Soviética com mão de ferro entre 1924 e 1953, é uma figura complexa na memória russa. Enquanto alguns o celebram por sua liderança durante a Segunda Guerra Mundial, outros lembram dos milhões que morreram em seus expurgos políticos e campos de trabalho forçado.
Os motivos de Putin
Analistas políticos sugerem que a decisão de permitir a exibição da estátua reflete a estratégia do presidente Vladimir Putin de reescrever a história soviética. Ao mesmo tempo que condena alguns excessos do stalinismo, Putin frequentemente invoca a era soviética como um período de grandeza nacional.
Reações divididas
Enquanto alguns moscovitas aplaudiram a instalação como um reconhecimento da história do país, grupos de direitos humanos e familiares de vítimas do stalinismo protestaram contra o que veem como uma tentativa de branquear os crimes do regime.
O debate sobre a estátua ocorre em um momento delicado para a Rússia, que enfrenta críticas internacionais por sua invasão da Ucrânia e repressão interna a dissidentes políticos.
