
Parece que vamos ter que esperar um pouco mais por aquela conversa cara a cara que todo mundo esperava. Recep Tayyip Erdogan, o homem no centro das tentativas de mediação, soltou o verbo e deu uma notícia que, vamos combinar, não é lá muito surpreendente.
Numa conversa com os jornalistas depois de uma reunião de governo nesta sexta-feira, o presidente turco foi direto ao ponto: tanto Vladimir Putin quanto Volodymyr Zelensky não estão com o humor muito propício para sentar à mesma mesa. Ainda. É aquela velha história – o clima tem que esfriar, e pelo visto ainda está quente demais.
"A gente conversa, a gente negocia, mas..." – e aqui vem a parte importante – "eles ainda não chegaram num ponto onde se sintam confortáveis para se encontrar pessoalmente." A fala de Erdogan é um balde de água fria para quem esperava um avanço rápido, mas também é um retrato realista de como estão as coisas.
O Jogo Diplomático por Trás dos Bastidores
Erdogan não é nenhum novato nesse tabuleiro geopolítico. A Turquia, diga-se de passagem, tem se virado nos trinta para equilibrar sua relação com ambos os lados – e não é tarefa fácil. O presidente turco confirmou que mantém linhas abertas de comunicação com Moscou e Kiev. Telefonemas aqui, mensagens ali... a diplomacia não para.
Mas e aí, quando é que a coisa desenrola? A resposta, infelizmente, é a que a gente já suspeitava: não há uma data prevista para que os dois presidentes finalmente se reúnam. A sensação que fica é que ainda falta um bom pedaço para que isso aconteça. E olha, ninguém está segurando a respiração.
O que está claro é que a posição da Turquia segue sendo a de mediador interessado em ver um fim para esse conflito que já se arrasta por tanto tempo. Eles se ofereceram para hospedar as talks, mas até agora, o convite segue em cima da mesa, esperando que os principais interessados decidam aceitá-lo.
Enquanto isso, o mundo segue observando. E esperando. Porque no fundo, todo mundo sabe que uma conversa direta entre Putin e Zelensky é, talvez, o único caminho real para dar um basta nessa guerra. Mas pelo visto, não será agora.