
Eis que a política internacional esquenta de novo – e dessa vez o alvo é o Brasil. Uma carta bombástica, assinada por pesos-pesados democratas nos Estados Unidos, está causando rebuliço em Washington. E o tema? Nada mais, nada menos que Donald Trump e suas supostas intenções de usar o poder econômico americano… para defender Jair Bolsonaro.
Parece ficção, mas não é. Segundo os parlamentares – entre eles alguns nomes bastante influentes –, Trump estaria considerando impor tarifas comerciais como forma de retaliar quem ele enxerga como perseguição política ao ex-presidente brasileiro. Sim, você leu certo: tarifas. Aquelas mesmas que bagunçaram o comércio global durante seu primeiro mandato.
Uma Carta que Vale Ouro
A missiva, endereçada diretamente ao Secretário de Estado americano, não poupa críticas. Os signatários acusam Trump de, veja só, "minar a democracia brasileira" ao tentar interferir num processo que é soberano do Brasil – a aplicação da lei.
Eles foram direto ao ponto: classificar Bolsonaro como "colega golpista" não foi por acaso. A expressão carrega um peso político enorme, e escolhê-la não foi um mero detalhe retórico. Foi um recado.
Relações Brasil-EUA: Uma Montanha-Russa
Como se não bastasse a crise interna, o Brasil agora vira peça num tabuleiro geopolítico complexo. De um lado, Trump e seu estilo disruptivo de fazer política externa – muitas vezes via Twitter. Do outro, a ala democrata, tentando segurar as pontas e manter uma linha de respeito à soberania das nações.
O que me preocupa, sinceramente, é o timing. Isso tudo acontece num momento delicadíssimo para o Brasil, que ainda tenta se reerguer após anos de polarização extrema. Será que precisamos mesmo de mais essa interferência?
E Agora, José?
A pergunta que fica é: o que esperar disso? Se Trump de fato voltar à Casa Branca – e as pesquisas mostram que é uma possibilidade real –, será que ele colocará a ameaça em prática? As consequências para o comércio brasileiro poderiam ser severas, afetando setores cruciais da nossa economia.
Por outro lado, a carta dos democratas sinaliza que haverá resistência. A política externa americana não é unânime, e essa batalha promete ser longa.
Uma coisa é certa: o mundo continua de olho no Brasil. E não num jeito bom. Nossas crises internas agora têm o potencial de virar moeda de troca em jogos de poder muito maiores. Assustador? Um pouco. Surpreendente? Nem tanto.