
O Irã é um dos países mais peculiares do mundo quando o assunto é sistema político. Governado por uma teocracia islâmica, o poder está concentrado nas mãos dos aiatolás, líderes religiosos que controlam todas as esferas do Estado.
O papel do Líder Supremo
No topo da hierarquia está o Líder Supremo, uma figura que combina autoridade religiosa e política. Ele é responsável por nomear os principais cargos do governo, incluindo chefes do Judiciário, das Forças Armadas e da mídia estatal. Além disso, tem poder de veto sobre todas as decisões do Parlamento e do Presidente.
A estrutura do poder
O sistema político iraniano é composto por:
- Conselho de Guardiães: controla quem pode se candidatar a eleições e aprova leis conforme a sharia.
- Assembleia de Especialistas: eleita pelo povo, mas dominada por clérigos, responsável por escolher o Líder Supremo.
- Parlamento: tem poder limitado, pois suas decisões podem ser anuladas pelo Conselho de Guardiães.
O mito da democracia
Apesar de ter eleições regulares, o Irã não é uma democracia no sentido ocidental. Os candidatos são previamente selecionados pelo Conselho de Guardiães, garantindo que apenas figuras alinhadas com o regime possam disputar cargos. Protestos e dissidências são frequentemente reprimidos com violência.
O futuro do regime
Com uma população jovem e cada vez mais conectada ao mundo, muitos questionam quanto tempo o sistema dos aiatolás poderá se manter. No entanto, o aparato de repressão e o controle rígido sobre a sociedade ainda garantem a sobrevivência do regime.