Celso de Mello não poupa críticas a Trump: 'Supremacista branco' após sanções
Celso de Mello ataca Trump: "Supremacista branco"

Numa declaração que ecoou como um trovão nos círculos políticos, o ex-ministro do Supremo Tribunal Federal Celso de Mello não mediu palavras ao se referir ao ex-presidente norte-americano Donald Trump. "Um supremacista branco de carteirinha", disparou, com aquela mistura de ironia afiada e indignação que só quem viveu décadas no Judiciário consegue ter.

E não foi só isso. O jurista, conhecido por suas opiniões incisivas — às vezes polêmicas —, soltou o verbo depois que o governo dos Estados Unidos anunciou sanções contra brasileiros. Algo sobre "interferência em processos eleitorais", dizem. Mas Celso, claro, viu além: "É a hipocrisia vestida de moralidade internacional".

O contexto que ninguém está falando

Enquanto isso, nas redes sociais, a reação foi... bem, típica de redes sociais. De um lado, os admiradores do ex-ministro (e são muitos) aplaudindo de pé. Do outro, os críticos chamando de "exagerado" e "ideológico". Mas e o meio-termo? Ah, esse sumiu faz tempo.

O que pouca gente percebeu: o timing. A declaração veio justamente quando:

  • O Brasil tenta se reposicionar no xadrez geopolítico
  • As relações EUA-Brasil vivem dias de "café com leite" — ora quente, ora frio
  • O fantasma das eleições de 2022 ainda assombra certos corredores do poder

Não à toa, um diplomata aposentado, que pediu para não ser identificado, resmungou: "Isso vai dar pano pra manga". E como vai.

Entre linhas e entrelinhas

O mais curioso? Celso não citou Trump à toa. Há quem diga que foi um recado indireto para certos setores domésticos — aqueles que, sabe-se lá por que, ainda olham para o ex-presidente americano como exemplo. Coincidência? Difícil acreditar.

E os números? Bem, desde o anúncio das sanções:

  1. As menções a "Trump" e "Brasil" no Twitter subiram 178%
  2. O termo "supremacia branca" teve pico de buscas no Google
  3. Celso de Mello voltou aos trending topics depois de meses discreto

Nada mal para um ex-ministro aposentado, não? Mas ele sempre teve esse dom — falar pouco e causar muito.

Enquanto isso, no Planalto, o silêncio foi ensurdecedor. Nenhum pronunciamento oficial, nenhum "nota de repúdio", nenhum "vamos avaliar". Só aquele "não comentamos declarações de terceiros" de sempre. E assim seguimos, entre tapas e beijos diplomáticos.