
Eis que o mapa geopolítico pode ganhar novas fronteiras — e dessa vez com o selo do Canadá. Fontes próximas ao gabinete de Justin Trudeau soltaram o verbo: em setembro, o país vai reconhecer oficialmente a Palestina como Estado soberano. Não é brincadeira de parlamento, não. É canetada mesmo.
O anúncio — que pegou até analistas de surpresa — vem num momento em que a comunidade internacional parece estar revendo suas cartas na mesa. Afinal, quantas décadas de conflito são necessárias para que alguém dê o primeiro passo?
Pressão que não cabe no mapa
Dizem por aí que Ottawa estava enrolando o assunto como fita métrica em obra inacabada. Mas aí vieram as últimas resoluções da ONU, os protestos nas universidades norte-americanas, e até aquela vergonha alheia nas reuniões do G7. Resultado? O governo canadense resolveu tirar o cavalinho da chuva.
"Não se trata de escolher lados", declarou um assessor do primeiro-ministro, enquanto ajustava a gravata. "Trata-se de reconhecer que o direito à autodeterminação não é privilégio, mas fundamento básico do direito internacional." Bonito no discurso, mas vamos combinar: ninguém mexe nesse vespeiro sem calcular os riscos.
O que muda na prática?
- Status diplomático: Missões palestinas no Canadá ganham novo peso institucional
- Comércio bilateral: Acordos precisarão ser reescritos com outra roupagem jurídica
- Posicionamento na ONU: Votos canadenses em fóruns internacionais devem seguir nova linha
Curiosamente, a decisão chega quando Israel — que obviamente não vai ficar batendo palma — enfrenta seu próprio turbilhão político interno. Coincidência? O mundo gira, e as peças do xadrez geopolítico parecem estar sendo movidas com luvas de pelica.
Ah, e tem aquela velha máxima: quem dá o passo maior que a perna... Será que outros países do Ocidente vão seguir o exemplo, ou o Canadá vai ficar cantando sozinho nesse coral? Setembro promete — e não só por causa do outono.