
O Brasil está num daqueles momentos em que um passo em falso pode custar caro. A possível expansão da aliança com o BRICS — aquele grupo que já tem China, Rússia e companhia — tá deixando muita gente de cabelo em pé. E não é por menos.
Washington, como era de se esperar, não tá nem um pouco feliz com a história. E olha que os americanos não são exatamente conhecidos por ficarem quietos quando sentem o cheiro de ameaça aos seus interesses. Já dá pra sentir no ar aquele clima de "ou você está com a gente, ou está contra a gente".
O jogo geopolítico que ninguém quer perder
É como aquela briga de casal onde você tem que escolher um lado — e qualquer escolha vai deixar alguém puto da vida. Só que aqui as consequências são bilionárias:
- Os EUA são nosso segundo maior parceiro comercial (só perdem pra China, que ironicamente tá no BRICS)
- 70% dos investimentos estrangeiros no Brasil vêm de países ocidentais
- O acordo Mercosul-UE, que já tá mais enrolado que novelo de gato, pode virar pó
E tem mais: alguns analistas tão falando em "isolamento estratégico". Basicamente, o Brasil pode acabar virando aquele amigo que todo mundo convida pra festa, mas ninguém realmente confia.
O lado B da moeda
Claro que tem quem defenda a jogada. O pessoal pró-BRICS argumenta que:
- O mundo tá multipolar mesmo, então faz sentido diversificar alianças
- A China tá comprando nossa soja e minério a rodo — pra que irritar o cliente?
- Os EUA nunca foram exatamente os reis da cooperação quando o assunto é comércio justo
Mas será que vale a pena arriscar? Um diplomata aposentado, que pediu pra não ser identificado, me disse: "É como trocar um Fusca 76 por uma Ferrari sem seguro — pode ser incrível, mas se der merda, a conta vem alta".
E enquanto isso, no Planalto, o jogo de xadrez geopolítico segue. Só que, diferente do xadrez, aqui não tem como voltar jogada. O Brasil pode estar prestes a fazer sua aposta mais arriscada desde... bem, desde sempre.