
Eis que o Brasil resolveu dar um passo inesperado no tabuleiro geopolítico. Numa jogada que pegou até os observadores mais atentos de surpresa, o governo anunciou nesta quarta-feira (24) que está deixando a Aliança Internacional para a Memória do Holocausto. Sim, aquele grupo que reúne mais de 50 países comprometidos com a preservação da história do genocídio nazista.
Não foi um "até logo" qualquer. A saída acontece justamente quando o mundo todo — ou quase — parece finalmente entender a importância de não deixar essas memórias dolorosas se apagarem. Mas o Itamaraty, ah, o Itamaraty resolveu seguir por outro caminho.
O que isso significa na prática?
Bom, pra começar, o Brasil perde o direito de voto nas decisões da organização. Aquelas reuniões anuais onde se discute como combater o antissemitismo? Nada mais. Os projetos educacionais que recebiam apoio financeiro? Tchau também.
E olha que curioso: a decisão chega num momento em que os casos de discurso de ódio estão crescendo feito mato no país. Só no ano passado, o número de denúncias aumentou em quase 40%, segundo levantamento da Sociedade Israelita. Coincidência? Difícil dizer.
As reações não demoraram
De Israel veio um comunicado duríssimo — e olha que os israelenses normalmente são bem diplomáticos. "Lamentável", "incompreensível", "preocupante". As palavras escolhidas não deixaram dúvidas sobre o tom da crítica.
Já aqui dentro, a bronca veio de todos os lados:
- Historiadores alertando para o risco de revisionismo histórico
- Líderes religiosos falando em "sinal errado"
- Até mesmo políticos da base aliada demonstrando desconforto
Mas o governo, firme como rocha, justificou a saída com argumentos que deixaram muitos de queixo caído. "Questões de soberania nacional" e "priorização de outras frentes diplomáticas" foram os termos usados. Vagueza pura, segundo especialistas ouvidos pela reportagem.
E agora?
O fato é que o Brasil entra pra lista bem restrita de países que decidiram sair da aliança — um clube que, até então, tinha só dois membros: Hungria e Polônia. Não exatamente companhia que inspira confiança quando o assunto é preservação da memória histórica, concordam?
Enquanto isso, nas redes sociais, a polêmica esquenta. De um lado, os que defendem a "autonomia" do país. De outro, quem vê na decisão um flerte perigoso com grupos que tentam minimizar — ou pior, negar — o Holocausto.
Uma coisa é certa: o assunto vai render muita discussão nos próximos dias. E você, o que acha dessa saída? Necessária ou temerária?