
Numa entrevista que promete dar o que falar, Celso Amorim — sim, aquele mesmo que já conduziu a política externa brasileira com mão de ferro — soltou a língua sobre Donald Trump. E olha que ele não economizou nas palavras.
"Comparar Trump com líderes soviéticos? Até eles teriam mais pudor", disparou o ex-chanceler, com aquele ar de quem já viu de tudo nesse mundão diplomático. A declaração veio durante uma conversa franca sobre os rumos das relações internacionais.
O peso das palavras
Amorim, que já negociou com figuras como Hugo Chávez e Mahmoud Ahmadinejad, parece ter encontrado no ex-presidente americano um caso à parte. "Na minha longa carreira, nunca vi tamanho desprezo pelas instituições", refletiu, pausando para tomar um gole de café.
O que mais chocou o experiente diplomata? A forma como Trump lidou — ou melhor, não lidou — com a transição de poder. "Até nos tempos mais tensos da Guerra Fria, havia protocolos. O que vimos foi... bem, inédito."
Lições da história
Num momento que misturava ironia e preocupação, Amorim lembrou: "Quando Gorbachev deixou o poder, houve cerimônia, discursos, até certa elegância. E olha que estava desmontando um império!"
Mas não pense que a crítica veio sem contexto. O ex-ministro traçou paralelos entre o populismo atual e velhas práticas autoritárias, mas com um twist moderno: "Antes havia ideologia. Hoje? Só o culto à personalidade."
E você, o que acha? Será que exagerou na comparação ou acertou em cheio? Uma coisa é certa: Amorim ainda sabe como provocar debates acalorados.