Dívida Ironicamente Gigante: Como Trump e Bolsonaro, Sem Querer, Ajudaram Lula a Voltar ao Poder
A Ironicamente Gigante Dívida de Lula com Trump e Bolsonaro

Parece coisa de roteiro de filme, mas é a pura verdade da política brasileira. Quem diria, hein? Os dois maiores antagonistas públicos de Lula, Donald Trump e Jair Bolsonaro, podem ter sido, sem nenhuma intenção, os arquitetos involuntários do seu retorno triunfal ao Planalto. A vida prega umas peças e tanto.

Vamos com calma, porque a história é bem caprichosa. O governo Bolsonaro, marcado por uma gestão caótica da pandemia e uma polarização que raiava o insuportável, acabou por exaurir uma parcela significativa do eleitorado. O cansaço foi geral. E aí, meu amigo, o terreno ficou fértil para uma mensagem de conciliação – a velha e boa cartada lulista.

O Efeito-Trump no Tabuleiro Global

E não foi só por aqui. A sombra de Trump, lá nos Estados Unidos, também teve seu papel nesse enredo. A política externa agressiva e imprevisível do republicano, com seus ataques frequentes à China, criou um cenário de instabilidade global que, pasmem, beneficiou commodities brasileiras. Soja, minério de ferro... tudo isso virou ouro nas mãos do agronegócio, que mesmo apoiando Bolsonaro, via o caixa encher. Uma contradição das grandes.

É como se o universo conspirasse a favor de Lula. Os adversários, na ânsia de atacá-lo, acabaram cavando a própria cova. Bolsonaro, ao radicalizar, afastou o centro. Trump, ao balançar a economia mundial, encheu os cofres de setores importantes do Brasil. É de deixar qualquer um de queixo caído.

O Xadrez da Gratidão Involuntária

Claro, ninguém espera um abraço grato entre eles. Longe disso. Mas a dívida existe, ainda que seja a mais irônica e não reconhecida dívida da política recente. Lula colhe os frutos de um campo que foi inadvertidamente adubado por seus opositores. A pergunta que fica, e que não quer calar, é: o que será que eles pensam sobre isso? Deve dar um aperto no estômago.

No fim das contas, a lição que fica é que na política, às vezes, seus inimigos podem ser seus maiores benfeitores – mesmo sem querer. E Lula, um estrategista nato, soube navegar nessas águas turbulentas com uma maestria que só a experiência concede. O resto, como dizem, é história.