Não é de hoje que Donald Trump gosta de causar rebuliço — e dessa vez o alvo foi o Brasil. O ex-presidente dos EUA soltou farpas contra o governo brasileiro em um discurso inflamado, acusando o país de práticas comerciais "injustas". Mas, como num jogo de xadrez, veio o recuo: horas depois, anunciava redução em tarifas para alguns produtos brasileiros. Coincidência? Difícil acreditar.
O tom agressivo de Trump pegou muitos de surpresa. Ele não economizou palavras, chamando o Brasil de "parceiro problemático" e ameaçando "medidas duras" se as negociações não avançassem. Só que, no meio do furacão, veio a reviravolta: uma lista de produtos agrícolas brasileiros teria tarifas reduzidas. Alguém aí tá jogando para os dois lados?
O Jogo das Tarifas
O recuo tarifário parece uma jogada calculada. Especialistas apontam que pode ser uma tentativa de aliviar a pressão sobre setores específicos nos EUA — afinal, até Iowa (berço do agronegócio americano) está sentindo o baque da guerra comercial. "É pura estratégia", diz um analista que prefere não se identificar. "Trump quer mostrar força, mas não pode ignorar os interesses internos."
Por aqui, a reação foi mista. Enquanto alguns comemoram a abertura comercial, outros veem armadilhas. "Isso não é presente de grego", dispara um economista brasileiro. "Vamos ter que ceder em outras áreas." O governo, por sua vez, mantém o discurso diplomático — mas fontes próximas admitem tensões nos bastidores.
E Agora?
O que esperar desse cabo de guerra? Se tem uma coisa que Trump ensinou é que previsibilidade não é seu forte. O Brasil pode até respirar aliviado com as tarifas, mas o clima continua instável. Com eleições nos EUA batendo à porta, tudo pode virar moeda de troca. Fiquem de olho: quando o assunto é Trump, o inesperado vira rotina.
