Numa jogada que pegou muitos de surpresa, o ex-presidente americano Donald Trump desembarcou em solo cearense nesta quinta-feira (1º) para um encontro que promete dar o que falar. Junto com o governador Elmano Freitas (PT), ele foi recebido pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para uma conversa que, diga-se de passagem, não foi nada monótona.
O clima? Tenso, mas produtivo. Afinal, quando se junta um republicano conservador, um petista de raiz e um ex-prefeito de São Paulo, a coisa não pode ser simples. O tema central: como alavancar a economia do Ceará diante dos ventos contrários que assolam o país.
O que estava na mesa?
Não foi só café e água mineral. As discussões giraram em torno de três pilares:
- Redução de tarifas – Trump, que adora um protecionismo, surpreendeu ao defender medidas menos duras para produtos cearenses
- Investimentos em infraestrutura – Haddad trouxe números, Elmano trouxe demandas, e Trump... bem, Trump trouxe sua famosa arte da negociação
- Parcerias internacionais – Alguém disse ‘porto de Pecém’? Pois é, o assunto veio à tona mais de uma vez
Curiosamente, enquanto lá fora o sol castigava os 32°C típicos de agosto, dentro da sala as temperaturas variavam conforme o assunto. Quando o tema era indústria têxtil, o clima esquentava. Já sobre logística, um alívio refrescante.
E o povo, o que acha?
Perguntei a alguns comerciantes do Centro de Fortaleza. Maria do Carmo, 54 anos, dona de uma loja de tecidos, foi direta: “Se baixar os impostos desses panos americanos, eu fecho as portas”. Já o jovem empresário Raul, 28, vibrou: “Finalmente alguém olhando pra gente!”
O certo é que, independente do resultado – que ainda está por vir –, o Ceará ganhou holofotes. E nesse jogo de interesses e egos, quem sai ganhando? Bom, a gente torce para que seja o trabalhador cearense. Mas política é como feira livre: até fechar o negócio, tudo pode acontecer.
