
Dois dias de um protesto que paralisou o Senado Federal chegaram ao fim nesta quarta-feira (08/08). Os senadores, que estavam travando as votações em sinal de descontentamento, decidiram encerrar o movimento após longas horas de negociações nos bastidores.
Não foi fácil, mas o clima de tensão finalmente deu lugar a um frágil acordo. Davi Alcolumbre, presidente da Casa, retomou as votações com um discurso conciliador — embora alguns parlamentares ainda mantivessem expressões de desconfiança.
O que levou ao protesto?
Tudo começou com uma série de reclamações sobre a condução dos trabalhos. Alguns senadores alegavam falta de transparência na pauta, enquanto outros criticavam o ritmo das votações. "A gente não pode trabalhar no escuro", resmungou um parlamentar, que preferiu não se identificar.
O protesto ganhou força quando figuras influentes do plenário aderiram à causa. De repente, o que parecia ser um mal-estar passageiro virou uma crise institucional de verdade.
Como foi a retomada?
Alcolumbre, conhecido por seu estilo negociador, conseguiu costurar um acordo nos bastidores. Não foi nada espetacular — política raramente é — mas suficiente para destravar a situação. "Temos que seguir em frente", declarou o presidente, evitando entrar em detalhes sobre as concessões feitas.
Nos corredores, o alívio era visível. Assessores que passaram noites em claro puderam, enfim, respirar. "Agora é correr atrás do prejuízo", comentou um deles, já pensando na pilha de processos acumulados.
O que fica claro é que, no Senado brasileiro, as crises podem ser passageiras, mas as negociações são eternas. E desta vez não foi diferente.