
Os números não mentem — e dessa vez pintam um cenário preocupante para o Palácio do Planalto. Segundo o último levantamento do instituto Quaest, divulgado nesta quarta-feira (16), a desaprovação ao governo Lula atingiu 53% da população. Do outro lado, apenas 43% aprovam a gestão atual.
Não é exatamente uma surpresa, mas dói. Aquele otimismo pós-posse, quando o presidente voltou a ocupar a cadeira mais importante do país, parece ter evaporado mais rápido que café em copo de isopor. E olha que nem precisou de três anos — como da última vez.
O que está pegando?
Ah, você quer saber os motivos? A lista é longa, mas vamos aos principais:
- Economia patinando — inflação teimosa, juros altos e crescimento que não decola
- Crises políticas semanais — parece que toda segunda-feira tem um novo escândalo
- Promessas não cumpridas — aquela velha história de "agora vai" que nunca vai
E tem mais: a pesquisa mostra que a reprovação é maior entre mulheres (56%) e jovens de 16 a 24 anos (58%). Justamente os grupos que mais apoiaram Lula nas urnas. Ironia? Talvez. Desencanto? Com certeza.
Comparação que dói
Se olharmos para julho do ano passado, a queda é significativa. Na época, a aprovação estava em 50% e a reprovação em 42%. Ou seja — uma inversão de quase 10 pontos percentuais em apenas 12 meses.
"É o preço do realismo", diz um analista político que preferiu não se identificar. "Quando você volta do discurso de campanha para a dura realidade governamental, o tombo é inevitável."
E agora, José?
Com a economia ainda capenga e as brigas políticas só aumentando, fica a pergunta: como o governo pretende recuperar essa confiança perdida? Alguns ministros já falam em "recalibrar o discurso" e "priorizar resultados". Mas convenhamos — não é a primeira vez que ouvimos isso.
Enquanto isso, a oposição esfrega as mãos. Os números dão munição para críticas cada vez mais ácidas. Mas será que eles oferecem alternativas melhores? Essa é outra história...
Uma coisa é certa: o segundo ano de mandato promete. E não no bom sentido. O governo precisará de muito mais do que discursos e promessas para reconquistar a confiança dessa maioria descontente. O relógio está correndo — e a paciência do brasileiro, como sempre, está se esgotando.