Senadores da oposição ocupam mesa diretora em protesto contra prisão de Bolsonaro — veja o que aconteceu
Oposição ocupa Senado contra prisão de Bolsonaro

Brasília virou palco de um verdadeiro cabo de guerra político nesta terça-feira (6). Enquanto a poeira ainda não tinha baixado daquela decisão judicial que pegou todo mundo de surpresa — a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro —, os senadores da oposição resolveram botar lenha na fogueira.

E não foi pouco, não. Eles simplesmente tomaram de assalto a mesa diretora do Senado, num protesto que misturava indignação, estratégia política e um tanto de teatro — porque convenhamos, política sem dramaticidade não é política, é reunião de condomínio.

O que aconteceu, afinal?

Pela manhã, quando o plenário ainda estava mais vazio que estádio em jogo de time pequeno, um grupo de senadores — todos alinhados à oposição — resolveu fazer história. Ou pelo menos, barulho. Eles ocuparam os lugares normalmente reservados à mesa diretora, com aquela cara de "aqui a gente fica".

"É um absurdo sem tamanho", disparou um deles, enquanto ajustava o microfone como se estivesse prestes a dar o discurso da vida. "Estamos aqui para defender a democracia e os direitos constitucionais", completou outro, com aquele tom professoral que políticos adotam quando querem soar sérios.

E a reação?

Do outro lado, os aliados do governo tentaram de tudo — desde argumentos jurídicos até ameaças de chamar a segurança (que, diga-se de passagem, ficou mais perdido que cego em tiroteio). No fim, o que se viu foi um impasse digno de novela das oito: ninguém cedia, ninguém saía, e o plenário virou uma espécie de arena política onde cada um tentava puxar a brasa para sua sardinha.

Ah, e tem mais: em meio a esse circo — perdão, em meio a esse "legítimo protesto democrático" —, alguns parlamentares chegaram a sugerir a convocação de sessão extraordinária. Porque no Brasil, quando a crise aperta, a solução é sempre fazer mais do mesmo, só que com um nome diferente.

Enquanto isso, nas redes sociais, o povão se dividia entre os que achavam o protesto uma "heroica defesa das instituições" e os que viam ali apenas "mimimi de quem perdeu o poder". Como sempre, a verdade deve estar em algum lugar no meio — mas quem é que vai parar para procurar?