
O clima no Congresso Nacional está mais quente que café de boteco no meio-dia. A oposição, com cara de quem não engoliu sapo, acusa o deputado Eduardo Motta de puxar uma manobra digna de mágico de circo — teria marcado uma sessão importante em outro plenário sem avisar ninguém. E aí? O pessoal não ficou só de cara feia.
Na tarde desta quarta (7), os parlamentares da oposição transformaram o auditório em território ocupado. Chegaram com tudo, como torcida organizada em dia de clássico, e simplesmente tomaram conta do espaço. Não foi um protesto qualquer — foi um "aqui a gente não sai até sermos ouvidos" na veia.
O jogo de cena por trás da confusão
Segundo fontes que estavam lá (e que pediram pra não ter o nome citado, porque ninguém quer briga com chefia), Motta teria remarcado a sessão da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) para o plenário 2. Só que parece que o convite "esqueceu" de chegar para parte dos membros. Conveniente, não?
- A reunião original estava marcada para o auditório
- Sem explicação, o local teria sido trocado de última hora
- Oposicionistas chegaram no horário e encontraram portas fechadas
E aí veio o estopim: quando descobriram que a sessão rolava em outro canto, a galera esquentou os ânimos. "Isso é um desrespeito democrático", soltou um deputado, enquanto ajustava o paletó como quem se prepara pra guerra.
O lado de Motta na história
Até agora, o deputado não se manifestou — e isso já diz muito. A assessoria dele soltou uma nota padrão, daquelas que não explica nada mas ocupa espaço: "Todos os trâmites foram seguidos conforme o regimento". Só que, cá entre nós, regimento interno é igual a receita de bolo: depende de quem tá lendo.
Enquanto isso, no auditório ocupado, a situação lembrava aqueles filmes de faroeste onde todo mundo fica de olho na porta. Alguns parlamentares até brincavam: "Se vierem nos tirar, a gente canta o hino nacional". Brasileiro não perde a piada nem no calor da crise.
E agora, José?
Com o impasse, duas coisas são certas:
- A pauta importante que seria votada hoje vai ficar pra depois — de novo
- O clima no Congresso vai ficar mais tenso que família em dia de divisão de herança
Enquanto a presidência da Câmara não se pronunciar, o teatro político continua. E o pior? O contribuinte pagando a conta desse circo. Como diria meu avô: "Política é igual a feijoada — quanto mais se mexe, mais aparece osso".