
Não é todo dia que a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) resolve entrar no ringue das discussões sobre política externa. Mas quando o assunto envolve Donald Trump, Jair Bolsonaro e uma possível guerra comercial, até os juristas tiram o paletó para falar o que pensam.
O cenário? Uma proposta do ex-presidente americano que, segundo ele, seria uma "retribuição" ao governo brasileiro — algo que, convenhamos, soa mais como um tiro no pé do que uma estratégia inteligente. A OAB, claro, não ficou quieta.
O que está em jogo?
Imagine só: Trump, em plena campanha eleitoral, resolve cutucar o Brasil com medidas protecionistas. O motivo? Diz ele que Bolsonaro não foi "grato o suficiente" durante seu mandato. Sério mesmo? É com isso que vamos brincar de comércio internacional?
A OAB foi direta ao ponto:
- As medidas podem ferir acordos internacionais
- O Brasil tem instrumentos jurídicos para se defender
- A retórica política não pode ditar as regras do comércio
E o Itamaraty nisso tudo?
Pois é... Enquanto a OAB mostra as garras, o silêncio do Ministério das Relações Exteriores é quase ensurdecedor. Será que estão preparando uma resposta à altura ou esperando a poeira baixar?
Um advogado especialista em comércio exterior, que preferiu não se identificar, foi categórico: "Isso é pura bravata eleitoreira. Trump sabe que o Brasil é um parceiro estratégico, mas adora criar polêmica quando está em campanha".
Os números que preocupam
Se implementadas, essas tarifas podem:
- Impactar setores já fragilizados pela pandemia
- Reduzir em até 15% o fluxo comercial bilateral
- Criar um precedente perigoso para futuras negociações
Não é brincadeira. O comércio entre Brasil e EUA movimenta bilhões todo ano — e são empregos reais que estão na linha de tiro.
O recado da OAB parece claro: política é uma coisa, comércio internacional é outra bem diferente. E quando os interesses econômicos do país estão em jogo, é hora de deixar as rusgas pessoais de lado.