
Não é todo dia que um ex-presidente dos Estados Unidos resolve disparar críticas contra um líder estrangeiro — e quando o alvo é o Brasil, a coisa fica ainda mais interessante. Desta vez, Donald Trump decidiu mirar suas baterias em Lula, e o The New York Times não perdeu a chance de retratar o brasileiro sob uma luz peculiar.
O jornal, conhecido por seu tom equilibrado (mas nem sempre isento), pintou Lula como uma figura "complexa e polarizadora" — algo que, convenhamos, não é exatamente novidade para quem acompanha a política brasileira. Mas o contexto internacional dá um tempero a mais à história.
O que Trump disse — e por que importa
O republicano, em seu estilo característico — digamos, pouco diplomático —, acusou Lula de "não entender nada de economia". A declaração veio após o presidente brasileiro defender mudanças no comércio global durante o Fórum Econômico Mundial.
E aqui a coisa fica engraçada: o NYT não apenas relatou o fato, mas dedicou boas linhas para explicar por que essa troca de farpas é sintomática das relações Brasil-EUA. "Dois populistas de estilos opostos", definiram — um com seu nacionalismo ferrenho, outro com retórica desenvolvimentista.
O retrato do Times: nem herói, nem vilão
O que chama atenção é como o jornal evitou cair em estereótipos fáceis. Em vez do "Lula de sempre" que costumamos ver na mídia brasileira, apresentaram nuances:
- Reconheceram seu papel histórico na redução da pobreza
- Mencionaram (sem alarde) as condenações judiciais
- Destacaram sua habilidade política quase inigualável
Numa frase que parece saída de um roteiro de cinema: "Um ex-metalúrgico que sobreviveu à ditadura, foi presidente duas vezes, preso, absolvido e eleito novamente — dificilmente alguém poderia inventar tal trajetória".
E você, o que acha? Será que a visão de fora ajuda a entender melhor nossos próprios políticos? Ou será apenas mais um capítulo do eterno "olhar estrangeiro" sobre o Brasil?