
Numa jogada que pode sacudir o tabuleiro energético nacional, os mandatários do Consórcio Nordeste marcaram encontro com o presidente Lula nesta quarta. O assunto? Aquele velho fantasma que assombra o bolso do brasileiro: o aumento estratosférico nas contas de luz.
"Não dá pra fingir que está tudo bem quando o povo tá escolhendo entre comprar comida ou pagar energia", disparou um assessor que preferiu não se identificar. E de fato – a situação é mais embaixo do que parece.
O que está pegando?
Os nove estados nordestinos chegaram com uma pauta quente na mala:
- Revisão do cálculo das bandeiras tarifárias (aquela velha história do "amarelo" e "vermelho" que ninguém convida pra festa)
- Propostas para aliviar o impacto nas regiões mais castigadas pela seca
- Um plano B para quando as hidrelétricas derem vexame – o que, convenhamos, tá virando rotina
O clima no Planalto? Tensão moderada com possibilidade de acordos. "Tem que botar as cartas na mesa", resmungou um governador durante o café da manhã. "A gente sabe que o problema é complexo, mas não pode virar um monólogo."
Por trás dos panos
Fontes próximas ao encontro revelam que há uma disputa silenciosa sobre quem paga a conta dos subsídios. De um lado, os estados querem o colo da União. Do outro, Brasília argumenta que já tem dor de cabeça suficiente com o rombo nas contas públicas.
E no meio disso tudo? O consumidor, claro, fazendo malabarismo pra não cair no vermelho – no sentido financeiro, não só o da conta de luz.
"É aquela velha história", filosofou um técnico do setor. "Quando a esmola é demais, o santo desconfia. Só que agora a esmola tá curta e o desconfiado somos nós todos."