Motta em crise: Semana decisiva pode definir futuro na presidência da Câmara
Motta em crise: semana decisiva na presidência da Câmara

O clima na Câmara dos Deputados está mais tenso que fila de banco em dia de pagamento. Arthur Lira, o homem que há tempos parecia intocável no comando da Casa, agora enfrenta ventos contrários que ameaçam derrubar seu castelo de cartas.

Nesta semana que se inicia, cada movimento do presidente será dissecado com lupa por aliados e opositores. A situação lembra aquela cena de faroeste onde o xerife sente o chão tremer sob seus pés. Só que aqui, em vez de poeira, o que levanta são os murmúrios nos corredores do Congresso.

O jogo das cadeiras musicais

Os números não mentem - mas também não contam toda a história. Embora formalmente mantenha apoio da maioria, Lira percebe que o terreno está ficando pantanoso. Alguns deputados que antes aplaudiam de pé agora fazem cara de paisagem quando seu nome é mencionado.

Não é exagero dizer que estamos diante de uma daquelas semanas que viram o jogo. Como dizem os mais experientes em Brasília: "quando a água bate na bunda, até santo corre". E a maré, definitivamente, está subindo.

Os três fronts da batalha

  • O desgaste natural: Quatro anos no comando deixaram marcas. Até o mais carismático acumula ressentimentos.
  • A economia que não engrena: Com o país patinando, a pressão por resultados aumenta exponencialmente.
  • As ambições alheias: Todo mundo sabe que em política, quando um rei fraqueja, aparecem dez pretendentes ao trono.

Curiosamente, o maior perigo pode vir justamente de quem hoje está ao seu lado. Na política, como no poker, às vezes seu pior inimigo é aquele que compartilha sua mesa.

Enquanto isso, nas redes sociais, a hashtag #LiraFora ganha tração, embora especialistas digam que ainda está longe de representar uma ameaça real. Mas em Brasília, onde o vento vira num piscar de olhos, ninguém pode se dar ao luxo de subestimar o poder das redes.

O que virá pela frente? Difícil dizer. Mas uma coisa é certa: quando a poeira baixar, o cenário político brasileiro pode estar irreconhecível. E Arthur Lira sabe melhor que ninguém que, no jogo do poder, hoje você é o cacique, amanhã pode virar mero figurante.