Comandante da Marinha nega mobilização de tropas para golpe e rebate declarações de Garnier
Marinha nega preparação de tropas para golpe

O Comandante da Marinha, Almirante de Esquadra Marcos Sampaio Olsen, saiu publicamente para desmentir as declarações do Vice-Almirante (R) Garnier, que sugeriram uma possível mobilização das Forças Armadas em caso de ruptura democrática.

Em entrevista exclusiva, Olsen afirmou que não houve qualquer movimento ou preparação de tropas com esse propósito e reforçou o compromisso da Marinha com a Constituição brasileira. "As Forças Armadas são instituições de Estado, não de governo, e atuam sempre dentro da legalidade", declarou.

Contexto das declarações

O episódio começou quando Garnier, em uma palestra para empresários, mencionou que as Forças Armadas estariam "preparadas para agir" se houvesse uma quebra da ordem democrática. A fala gerou polêmica e foi interpretada por alguns setores como uma ameaça velada.

O Comandante da Marinha, no entanto, foi enfático ao afirmar que não há espaço para golpes no Brasil e que as declarações de Garnier não representam a posição oficial da instituição.

Repercussão política

O assunto ganhou destaque no cenário político, com parlamentares de diferentes partidos se manifestando sobre o tema. Enquanto alguns criticaram Garnier por "incitar a desordem", outros defenderam o direito à liberdade de expressão do militar reformado.

Especialistas em segurança nacional ouvidos pela reportagem destacam que o episódio reflete a tensão política atual, mas lembram que as Forças Armadas têm um histórico recente de respeito à democracia.

Posicionamento institucional

Além do Comandante da Marinha, o Ministério da Defesa também emitiu uma nota reafirmando o "compromisso inegociável com a democracia e a legalidade". O texto ainda destacou que "qualquer declaração individual não reflete o pensamento das Forças Armadas".

Analistas políticos acreditam que o rápido posicionamento das autoridades militares buscou acalmar os ânimos e evitar qualquer tipo de especulação sobre intervenção militar.