Numa daquelas conversas que vazam quando menos se espera, o ministro Fernando Haddad soltou o verbo: o governo Lula já tem um plano B, C e D prontinho na gaveta caso os Estados Unidos resolvam apertar o parafuso das tarifas de importação.
"A gente não fica esperando a casa cair pra correr atrás do prejuízo", disparou o ministro, com aquela cara de quem já viu esse filme antes. Segundo ele, a equipe econômica vem trabalhando há meses num leque de medidas — desde acordos comerciais alternativos até manobras fiscais criativas.
O jogo das cadeiras tarifárias
Não é segredo pra ninguém que o governo Biden anda de olho gordo em alguns setores brasileiros. O aço? O alumínio? A soja? Tudo na mira. Mas o que pouca gente sabe é como o Palácio do Planalto pretende reagir.
- Primeiro, tem aquela velha máxima: quando uma porta se fecha, outra se abre. O Itamaraty já está de malas prontas pra bater perna pela Ásia e África.
- Depois, tem o plano de contingência fiscal — mas aqui o ministro ficou mais enrolado que fio de pipa. "São medidas técnicas", resumiu, sem dar muitos detalhes.
Curiosamente, enquanto Haddad falava, o dólar dava sinais de cansaço na Bolsa. Será que o mercado já sabia de algo? Ou será que tá todo mundo cansado dessa novela que nunca acaba?
O xadrez diplomático
Dizem por aí que Lula tem um asso na manga: sua relação pessoal com Biden. Mas será que amizade resolve quando o assunto é protecionismo comercial? "Temos que parar de achar que tudo se resolve no churrasco de fim de semana", ironizou um assessor do ministério, pedindo anonimato.
O fato é que o Brasil não pode — e não vai — ficar refém de decisões unilaterais. Pelo menos é o que promete o governo, entre um cafezinho e outro nos corredores do poder.
