
Eis uma daquelas situações que fazem até os mais experientes analistas políticos coçarem a cabeça: o presidente Lula segue com um índice de rejeição que beira os 40%, segundo o último levantamento do Datafolha. E o mais curioso? Nem mesmo aquele bate-boca com Donald Trump — que rendeu memes e manchetes mundo afora — conseguiu mudar esse quadro.
Os números são teimosos, não é mesmo? Quase metade do país ainda torce o nariz para o governo petista, mesmo após todo o rebuliço internacional causado pelo embate entre os dois líderes. Parece que, para o brasileiro médio, brigas de ego entre presidentes não pagam as contas no fim do mês.
Os detalhes que saltam aos olhos
Quando a gente abre a pesquisa com mais calma, alguns pontos chamam atenção:
- A reprovação se mantém estável desde janeiro — como se fosse um prédio antigo no centro de São Paulo que resiste a todas as reformas
- Entre os mais pobres, a popularidade do presidente ainda é relativamente alta (mas até isso vem minguando)
- Já nas classes mais abastadas, a rejeição chega a bater na casa dos 60% — número que faria qualquer político perder o sono
E o que dizem os especialistas? Bom, há quem aponte que o brasileiro está num daqueles momentos de "cada um por si" — com a economia dando sinais contraditórios e o custo de vida pesando no bolso, sobra pouco espaço para dramas internacionais.
Efeito Trump? Quase zero
Aquela cena em que Lula chamou Trump de "criminoso" durante entrevista coletiva? Poderia ter virado um divisor de águas, mas... ficou só na curiosidade momentânea. O povo brasileiro, sabidamente prático, parece ter arquivado o caso na gaveta dos "assuntos que não enchem o prato de arroz e feijão".
Não que o tema seja irrelevante — longe disso. Mas, entre discutir geopolítica e se preocupar com o preço da carne, o cidadão comum já demonstrou suas prioridades. Até porque, convenhamos, brigas entre presidentes são como novelas globais: divertem por um tempo, mas ninguém lembra do enredo no mês seguinte.
O que fica claro é que o governo precisa de mais do que bons embates retóricos para conquistar corações e mentes. Afinal, como diz o ditado popular: "discursos enchem a boca, mas é a realidade que enche a barriga".