Lula rebate Trump: 'Tarifas são fichinha perto da fome no Brasil'
Lula: Tarifas de Trump são fáceis perto da fome no Brasil

Num tom que misturava ironia fina com gravidade, o presidente Lula soltou a bomba durante discurso em Brasília: "Resolver essas tarifinhas do Trump? Tá brincando! É mais fácil que acordar cedo numa segunda-feira". A plateia riu, mas a mensagem era séria como dívida externa.

Entre um gole de café e gestos enfáticos, o mandatário — que já enfrentou crises econômicas piores que ressaca de feriado prolongado — disparou: "Enquanto esse camarada brinca de guerra comercial, nosso povo precisa comer. E isso, meus amigos, não é jogo de tabuleiro".

Números que doem mais que imposto

Os dados apresentados fariam qualquer um perder o apetite:

  • 33 milhões de brasileiros na fila do osso (literalmente)
  • Cesta básica mais cara que ingresso de show internacional
  • Inflação que rói salários como cupim em madeira velha

"Tarifa é conversa de balcão", disparou Lula, ajustando o microfone como quem prepara o argumento final. "Mas quando a panela vazia bate no fundo do armário, o barulho ecoa na alma do país". Filosófico? Talvez. Impactante? Sem dúvida.

Diplomacia com sotaque nordestino

O recado — embalado naquele jeito despojado típico do ex-metalúrgico — não deixou dúvidas: enquanto Washington discute porcentagens, Brasília enfrenta dramas reais. "Nosso desafio não é calcular alíquotas, é garantir que Maria lá de Alagoas não durma de estômago roncando".

E arrematou, num misto de cansaço e determinação: "Trump pode até ter seus caprichos tarifários. Nós? Temos 33 milhões de razões para priorizar o prato de comida". Dito isso, saiu de cena sob aplausos — e com a certeza de que, no jogo da fome, não há margem para negociatas.