Lula reafirma disposição ao diálogo após Trump sugerir conversa: 'Porta sempre aberta'
Lula sobre Trump: "Sempre aberto ao diálogo"

Numa daquelas reviravoltas que só a política internacional sabe produzir, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu pegar o touro a unha. Logo depois que Donald Trump — sim, aquele mesmo — deixou escapar que talvez, quem sabe, não fosse má ideia trocar uma ideia, o mandatário brasileiro não perdeu tempo.

"Sempre estive de portas escancaradas para o diálogo", disparou Lula, com aquela mistura de pragmatismo e sagacidade que só décadas de trânsito nos corredores do poder conseguem produzir. A declaração, dada como quem não quer nada, veio logo após o republicano — que agora mira a Casa Branca de novo — soltar um "vamos ver" sobre conversas futuras.

Xadrez geopolítico

O timing? Impecável. Enquanto o mundo assiste à escalada de tensões entre Ocidente e Oriente, o Brasil parece estar fazendo aquela jogada de mestre — nem tão perto, nem tão longe. "É como dançar tango", comentou um analista que prefere não se identificar. "Dois passos pra frente, um pra trás, e muita atenção para não pisar no pé do parceiro."

Detalhe curioso: a última vez que os dois se encontraram, em 2018, o clima estava mais para torneio de braço de ferro do que conversa civilizada. Agora, com os dois de volta aos postos-chave (ou quase), o tabuleiro parece ter virado completamente.

  • 2018: Encontro gelado na ONU com críticas mútuas
  • 2025: Sinais de reaproximação em meio a crise global
  • Contexto: EUA em ano eleitoral, Brasil buscando espaço no cenário multilateral

O que está por trás?

Especialistas ouvidos — mas que pediram para não ter os nomes estampados — arriscam algumas teorias. De um lado, Trump precisaria mostrar que não queimou todas as pontes com líderes importantes. Do outro, Lula estaria aproveitando a deixa para reposicionar o Brasil como mediador em um mundo cada vez mais polarizado.

"Não se iluda, isso aqui é puro cálculo político", resmungou um veterano do Itamaraty entre um gole de café e outro. "Mas cá entre nós, melhor isso do que o silêncio total que a gente vinha ouvindo."

Enquanto isso, nas redes sociais, a reação foi — como sempre — dividida. De "já começou o populismo internacional" a "finalmente um presidente que sabe jogar o jogo", as opiniões mostram que o assunto está longe de ser consensual.