
Numa daquelas conversas que parecem café de cozinha — mas com o peso de um Palácio do Planalto — Lula soltou a língua sobre o barril de pólvora das tarifas internacionais. "Tá todo mundo pirando com isso, mas a gente não vai sair correndo igual galinha sem cabeça", disparou, misturando aquele jeitão dele com a seriedade que o momento exige.
O cenário? Uma tempestade perfeita de olhares atravessados no comércio global, onde o Brasil virou o centro das atenções (nem sempre do jeito bom). E olha que a coisa tá feia: os números mostram que as exportações podem levar um tombo de até 12% se as ameaças se concretizarem. Mas o presidente, no seu estilo desconcertante, parece mais preocupado com o preço do feijão do que com discursos apocalípticos.
O jogo das cadeiras internacionais
Enquanto isso, nos bastidores, a equipe econômica trabalha num quebra-cabeça digno de filme de espionagem:
- Reuniões até de madrugada com o Itamaraty
- Planos B, C e D sendo costurados a toque de caixa
- Até aqueles economistas que nunca concordam em nada estão no mesmo time — e isso assusta mais que as sanções
Numa jogada que pegou até os analistas mais cascudos de surpresa, o governo já estuda rotas alternativas — quem diria que a África e o Sudeste Asiático virariam os novos queridinhos do agronegócio brasileiro?
E o povão com isso?
Aqui entra aquela velha máxima: quando os elefantes brigam, a grama sofre. Nas prateleiras dos supermercados, a conta pode chegar mais cedo do que se imagina. "Não vamos deixar o trabalhador pagar o pato", garantiu Lula, com aquela cara de quem já viu o filme antes — e sabe onde o trem pode descarrilar.
Os especialistas — sempre eles — dividem-se entre o "é só blefe" e o "preparem as barbas para a navalha". Enquanto isso, nas redes sociais, a polarização mostra suas garras: de um lado, os que acusam o governo de submissão; de outro, os que veem nas declarações presidenciais uma estratégia calculada.
Uma coisa é certa: o Brasil não está mais no cantinho, quietinho. Quer queiram, quer não, o país virou peça chave num tabuleiro que mexe com o bolso de todo mundo — do fazendeiro de Goiás ao entregador de app em São Paulo.